O ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, apresentou, nesta segunda-feira (19), uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) desistindo de tentar voltar ao cargo, que foi afastado na última semana.
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Veja fotos do interventor do caso, Fernando Sarney
Segundo informações do ge, a defesa do ex-presidente afirmou em texto que os últimos acontecimentos, como o afastamento dele, motivado por suspeitas de falsificação de uma assinatura em um acordo entre a CBF e opositores de Ednaldo, “afetaram sua vida familiar”, e encerrou o texto desejando sorte a seu sucessor no comando da entidade.
— Este gesto, sereno e consciente, representa o esforço do Peticionário em deixar para trás este último ato do litígio, rejeitar narrativas que ferem sua honra e de sua família (…) (Ednaldo) Declara que, em relação às novas eleições convocadas pelo interventor, não estar concorrendo a qualquer cargo ou apoiando qualquer candidato, desejando sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro — afirmou Ednaldo.
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Sobre o caso de Ednaldo Rodrigues
Devido a uma irregularidade na eleição que elegeu Ednaldo, em 2022, o mesmo havia sido afastado da presidência da CBF, em 2023, por decisão judicial. Cerca de um mês depois, em janeiro de 2024, ele retornou ao cargo graças a uma liminar do STF, alegando que o Brasil poderia ser punido esportivamente caso a CBF estivesse sob o comando de uma chapa não reconhecida pela Fifa e pela Conmebol.
A liminar proferida por Gilmar Mendes se tornou um processo maior, que julga a legitimidade do Ministério Público de celebrar acordos com entidades esportivas. Este processo atingiu diretamente a CBF, já que a entidade promoveu mudanças no estatuto por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro.
Um acordo entre opositores e Ednaldo voltou a ser tema de discussão depois que uma denúncia de falsificação da assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da CBF e um dos signatários do acordo, foi apresentada. Neste acordo, homologado pelo STF em fevereiro deste ano, as partes se comprometiam a encerrar qualquer disputa jurídica sobre o pleito de 2022.
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A deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil/RJ) e o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, apresentaram, após a denúncia, pedidos de afastamento de Ednaldo da presidência da CBF. Inicialmente o ministro Gilmar Mendes, relator do processo envolvendo os acordos entre Ministério Público e entidades esportivas, negou os pedidos.
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Quem é Fernando Sarney, nomeado interventor após afastamento de Ednaldo Rodrigues
Porém, o ministro determinou uma investigação detalhada sobre a denúncia de falsificação da assinatura do Coronel Nunes. O ex-presidente foi intimado para uma audiência, que teria como finalidade atestar a real condição cognitiva dele, uma vez que ele enfrenta um câncer no cérebro e, de acordo com laudo recente, tem sofrido perdas nesse sentido.
Alegando questões de saúde, o Coronel Nunes não compareceu à audiência nem mesmo por videoconferência, o que abriu espaço para um novo afastamento de Ednaldo da presidência da CBF.
O futuro da CBF
O vice-presidente Fernando Sarney foi nomeado, após a decisão do TJ-RJ, interventor da CBF e marcou as novas eleições presidenciais da entidade para o dia 25, próximo domingo. O pleito terá apenas um candidato, Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol, que se reuniu nesta segunda-feira com a Comissão Nacional de Clubes.
Além disso, em meio ao afastamento do antigo presidente, a CBF anunciou a contratação do técnico Carlo Ancelotti, substituto de Dorival Júnior, que não resistiu aos maus resultados. O treinador afirmou que o caso não seria um impeditivo para que ele assumisse o comando da Seleção Brasileira, e que o contrato dele era com a CBF e não com Ednaldo Rodrigues.
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O italiano inicia os trabalhos na próxima segunda-feira (26), com a primeira convocação à frente da Seleção Brasileira. Ancelotti já comandará o Brasil na próxima Data Fifa, nas partidas contra Equador e Paraguai.
*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Diogo Maçaneiro





