Um jovem de 21 anos foi condenado a mais de 17 anos de prisão por esfaquear e matar o padrasto em Joinville, no Norte catarinense, em fevereiro deste ano. Railson de Azevedo dos Santos morreu enquanto dormia em uma rede. Conforme constatado durante o Tribunal do Júri, realizado nesta segunda-feira (17), o motivo do crime foi uma discussão patrimonial envolvendo um imóvel no estado do Amapá, terra natal de ambos.
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O acusado foi condenado em sessão na Comarca de Joinville por homicídio duplamente qualificado, com motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena foi fixada em 17 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado.
A promotora de Justiça Rachel Urquiza Rodrigues de Medeiros ressaltou que a decisão proferida pelo júri representa uma “resposta firme da sociedade contra a violência intrafamiliar”.
— Especialmente em um ato tão covarde e brutal, motivado por futilidade. A pena aplicada reafirma a intolerância da Justiça frente a crimes que rompem os laços de confiança e ceifam vidas de maneira cruel, servindo de alerta e reparação, ainda que não possa aplacar a dor que os familiares sentem pela perda insubstituível da vítima — disse a promotora.
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Como aconteceu crime
Segundo a ação penal pública ajuizada pela 22ª Promotoria de Justiça, o crime aconteceu em 3 de fevereiro, no bairro Espinheiros. O enteado deu nove golpes de faca contra o padrasto, enquanto ele descansava em uma rede.
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A Polícia Militar atendeu a ocorrência por volta das 7h na rua Francisco Rodrigues Miranda. Railson, de 31 anos, foi encontrado já morto.
Da sentença cabe recurso, mas o réu não poderá recorrer em liberdade. Foi ainda determinado que a pena já comece a ser cumprida, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a soberania dos vereditos do júri.




