Após passar por uma cirurgia de alta complexidade no abdômen, o ex-presidente Jair Bolsonaro segue internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, há 13 dias e não tem previsão de alta. O quadro de saúde dele é delicado, e Bolsonaro continua com uma sonda gástrica.

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O intestino do ex-presidente ainda não retomou plenamente à função depois da cirurgia. De acordo com fontes internas do hospital, as contrações intestinais continuam lentas, o que caracteriza um quadro de íleo paralítico ou de ‘hipomotilidade intestinal’, ou seja, quando a capacidade do intestino de contrair e mover o conteúdo é reduzida ou paralisada.

Foi esse quadro que tornou necessária a colocação de uma sonda em seu abdômen para que fossem drenados líquidos e conteúdo fecal. A expectativa por parte dos médicos é que, depois de cirurgias grandes, em especial que envolvam o trato gastrointestinal, o intestino retome a motilidade espontânea dentro de 5 a 7 dias.

Bolsonaro passou por cirurgia no dia 13 de abril

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Bolsonaro passou pela última cirurgia há 12 dias, no domingo dia 13. Quando o prazo estimado é ultrapassado, complicações sistêmicas podem ocorrer, como distúrbios hidroeletrolíticos, sobrecarga hepática, distensão abdominal importante e alterações hemodinâmicas, assim como alterações na pressão arterial, como a que foi indicada em boletins médicos anteriores.

Uma tomografia confirmou o diagnóstico de lentidão do trânsito intestinal, o que reforça o quadro clínico. Um edema intestinal (decorrente do acúmulo de líquidos), inflamações locais e a formação de novas aderências são apontadas como as causas mais prováveis da disfunção pós-operatória.

Confira o boletim médico de Bolsonaro desta sexta (25)

O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Apresenta-se estável clinicamente e sem novos picos de elevação da pressão arterial. Foram tomadas medidas para controle das alterações dos exames laboratoriais do fígado. Ontem, foi submetido a tomografias de tórax e abdômen, que foram compatíveis com uma evolução normal do pós-operatório, descartando complicações ou necessidade de novos procedimentos. Continua em jejum oral e com pausa temporária da nutrição parenteral. Segue com a fisioterapia motora e as medidas de prevenção de trombose venosa. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI“.

*Com informações de O Globo

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