Criminosos de Joinville ajudaram comparsas de Florianópolis na guerra entre facções no primeiro semestre. Os bandidos fariam deslocamentos entre as cidades para apoio nos confrontos.
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Os conflitos são um dos motivos apontados pela polícia como causa do aumento de assassinatos em 2017. Desde janeiro foram ao menos 103 mortes violentas na Capital, índice considerado recorde histórico negativo para o período.
A revelação da ajuda entre criminosos para agirem nas duas cidades consta na decisão em que a Justiça aceitou a denúncia criminal contra 109 pessoas acusadas de integrar uma facção de São Paulo que age em Santa Catarina.
Em um trecho destacado pelo juiz Renato Guilherme Gomes Cunha, o investigado Elton Schill, o Alemão ou Alemãozinho, aparece em escuta telefônica em que é mencionado que viria para Florianópolis auxiliar na “guerra” contra o PGC (Primeiro Grupo Catarinense).
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Segundo o inquérito da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Alemão seria sintonia da facção paulista em Joinville, cidade em que a quadrilha começou a tentativa de expansão em solo catarinense. O preso é um dos 109 denunciados que viraram réu na ação penal que tramita na Vara do Crime Organizado, em Florianópolis.
Vários deles são de Joinville, entre eles Elizandro Melo, o Cavani ou Saturi, apontado pela Deic como a principal liderança da organização paulista em Santa Catarina. Cavani aparece em diversas ligações telefônicas articulando crimes em nome da facção, conforme narrou o juiz na decisão.
Na Grande Florianópolis, outro acusado é Júlio César de Jesus, o Cezinha, preso pela Deic acusado de ordenar atentados a delegacias. Citado nos grampos, efetuou contatos com supostos faccionados justamente para os ataques aos prédios policiais.
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Negociações de armas, munições, cocaína, acertos para roubos e envio de drogas para dentro da Penitenciária da Capital também foram relatadas na investigação e destacadas pela Justiça. Um detalhe é que os acusados flagrados ao celular tramando delitos falam abertamente sobre supostos “homicídios nas costas”. Há menção de indícios de que a organização contava com um grupo de mulheres que atuavam para a facção no Estado.
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