Os idosos são os mais vulneráveis ao novo coronavírus e, por isso, precisam tomar alguns cuidados extras ao sair para ir ao banco ou supermercado, por exemplo, ou até mesmo quando estão em casa.

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Apesar da letalidade do novo vírus ser baixa, a cada cem contaminados cerca de três morrem, nos idosos com mais de 80 anos ou com doenças crônicas as chances de complicações ou até morte pela covid-19 são bem maiores. Em quem tem mais de 80 anos, por exemplo, a probabilidade de morte é 6,4 vezes maior do que no resto da população.

Segundo o infectologista Jamal Suleiman, do hospital Emílio Ribas, a recomendação para os idosos e para os doentes crônicos é cautela e só sair de casa para ir a ambientes fechados se realmente for necessário e, mesmo assim, protegidos.

— Nem todos os casos em idosos vão evoluir para grave, mas é fundamental que essa população seja preservada, pois são os mais vulneráveis – afirmou.

Entre as doenças crônicas, o infectologista citou a diabetes, que diminui a imunidade do paciente se não estiver controlada. Assim, a contaminação pelo novo coronavírus pode evoluir para uma pneumonia.

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Pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), com bronquite ou enfisema, também são vulneráveis porque o vírus ataca justamente os pulmões já comprometidos.

Caso o idoso ou o paciente crônico precise mesmo sair de casa para ir ao banco, por exemplo, será melhor se proteger, pois é um ambiente fechado, onde geralmente as janelas ficam fechadas e o ar-condicionado está ligado. Nesse caso, é melhor usar máscara no rosto e passar álcool gel nas mãos.

Mas se for ficar em casa, o médico recomenda que janelas fiquem abertas e que o idoso recuse visitas de quem estiver resfriado.

Isolar não é necessário

Isolar idosos não é necessário e não resolve. Esta é a avaliação de João Prats, infectologista do hospital Beneficência Portuguesa. O contato deve ser evitado somente com pessoas que já apresentam sintomas.

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— Isolar historicamente não dá certo e não faz sentido, as pessoas mantêm contato. Além disso, a mortalidade da doença é baixa – diz.

Para ele, o mais importante é que idosos não viajem a locais com surtos, tomem as vacinas contra gripe e pneumonia, cuidem das doenças crônicas, da alimentação e da hidratação.

PREVENÇÃO

Lugares públicos abertos

– Evite aglomerações

– Parques e praças estão liberados se não estiver com sintomas de gripe ou resfriado

– Lugares públicos fechados

Restrinja o máximo possível

– Evite se apoiar no corrimão ou em móveis

– Mantenha a distância mínima de um metro de outras pessoas

No banco

– Se for imprescindível ir, use máscara e álcool gel 70% nas mãos

– A máscara deve ser descartada após o uso

– Ao se despedir, não dê a mão, não beije nem abrace o funcionário

No supermercado

– Evite ir ou vá apenas quando for necessário

– Se possível, peça para um parente ou vizinho menos vulnerável fazer as compras necessárias

Na igreja

– Evite contatos de afeto, como beijo, abraço ou aperto de mão

Em casa

– Abra janelas e mantenha os ambientes ventilados

– Recuse visitas de pessoas que estejam com sintomas de gripe ou resfriado

– Não compartilhe utensílios de cozinha, como copos, pratos e talheres e lave-os após o uso

– Se seguir as orientações de higiene pessoal, não precisará desinfetar a casa com álcool, por exemplo

– Se estiver com sintomas de gripe ou resfriado, evite sair de casa

Higiene pessoal

– Lave as mãos frequentemente ou aplique álcool gel

– Não há necessidade de usar um sabonete bactericida

– Evite levar as mãos ao nariz, olhos e boca

– As mãos tocam muitas superfícies e podem estar contaminadas. Ao tocar nariz, olhos e boca, você poderá levar o vírus para dentro do seu corpo

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– Ao tossir ou espirrar, cubra o rosto com o cotovelo ou um pano

– Medidas como essa evitam que o vírus se espalhe no ar quando alguém tosse ou espirra

Lenço de pano

– Deixe guardado na gaveta e só volte a usar quando passar os casos

– Use papel higiênico para assoar o nariz e descarte após o uso

Procurar atendimento médico apenas quando tiver os seguintes sintomas:

– Falta de ar em movimento ou em repouso

– Dificuldade para respirar

– Febre alta persistente

Tosse

– Mal estar intenso

– Se não tiver máscara, avisar dos sintomas na entrada do serviço de saúde e pedir uma

Idosos mais vulneráveis

– Acima de 80 anos

– Com doenças crônicas, como diabete não controlada

– Com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), como bronquite

* Fonte: Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas

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