Em meio ao surgimento de tantos novos prédios, uma imobiliária de Blumenau decidiu ir pelo caminho contrário e apostar nos “velhinhos”. Apartamentos antigos, erguidos entre as décadas de 1960 e 1990, viram protagonistas de venda com o objetivo de atingir um público específico e que quer além das modernidades.
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Corretor há mais de 20 anos, Marcelo Pfiffer sempre gostou de tudo que era vintage. Blumenauense criado no grande Garcia, passou por algumas experiências profissionais — uma delas em São Paulo —, até fundar a própria imobiliária. Há um ano, decidiu dar mais espaço à paixão que o acompanha no ramo imobiliário e passou a focar na venda apenas de apartamentos antigos. Foi como recomeçar o negócio.
E engana-se quem pensa que para selecionar os apartamentos basta olhar para a fachada do prédio. Marcelo faz pesquisas para se certificar que os residenciais têm mais de 30 anos e, quando assume uma intermediação, chega a buscar arquivos na prefeitura para descobrir todos os detalhes do imóvel.
E o que os potenciais compradores buscam ao abrir mão da modernidade?
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Espaço e boa localização a um preço mais acessível são alguns dos principais motivos. Os apartamentos mais antigos normalmente são maiores, com mais de 100 metros quadrados, janelas grandes e pisos de taco. O estilo cool, como Marcelo gosta de se referir, está tão na moda quanto o contemporâneo, garante.
— São refúgios urbanos. O público que busca esses imóveis é muito legal, a gente acaba virando amigo dos clientes — revela o empresário.
É verdade que os moradores de prédios de décadas passadas na maioria das vezes precisam ter desapegado às amenidades de um prédio novo, mas é fato também que viver em ambientes assim traz, no mínimo, a sensação nostálgica de estar em um grande lar.
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