A Procuradoria da Justiça Desportiva de Santa Catarina apresentou, nesta quarta-feira (26), as denúncias contra os personagens dos episódios de violência ocorridos no segundo jogo da final do Campeonato Catarinense, disputado na Ressacada, entre Avaí e Chapecoense – que foi marcado por polêmicas e confusões e terminou com o título do Leão da Ilha. A NSC teve acesso ao documento da denúncia.
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Os dois clubes foram denunciados por infringirem regras do Regulamento Específico da Competição e também do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Avaí e Chapecoense podem ser punidos com multas, mas a denúncia não apresenta possibilidades de perdas de mando de campo.
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Agressões, BO e até ameaça de morte: veja o que o árbitro registrou na súmula da final
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A invasão de campo por parte dos torcedores do Avaí após a partida e o arremesso de objetos dentro do gramado foram algumas das infrações cometidas pelo Leão, de acordo com a denúncia. A pena é de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil.
Já a Chapecoense pode ser punida financeiramente por atitudes de atletas, membros da comissão técnica e diretores do clube. Atrasar o início ou reinício da partida, invasão de campo por parte de pessoas não autorizadas e provocar danos na praça desportiva são alguns dos delitos citados no documento. A multa, acumulada, pode ultrapassar os 300 mil reais, e o clube também pode ser suspenso por até doze partidas.
Jímenez denunciado
Pivô de um dos episódios mais marcantes da final, o volante Jímenez também foi um dos denunciados pela procuradoria. O volante da Chapecoense, que agrediu dois torcedores do Avaí após a partida, pode ficar suspenso por mais de dois anos.
As denúncias por violência, ofensas e danos ao estádio também podem render uma multa de até R$ 100 mil ao volante da Chapecoense.
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Giovanni Augusto
Quem também pode pegar uma longa suspensão é Giovanni Augusto, meia da Chapecoense, que foi expulso de campo por agredir o árbitro com uma peitada, conforme registrado em súmula.
Giovanni também teria agredido o quarto árbitro após a partida, além de proferir xingamentos e até ameaçar a equipe arbitragem de morte, segundo consta em súmula assinada por Gustavo Ervino Bauermann.
A suspensão de Giovanni Augusto, caso o meia seja considerado culpado em todas as denúncias, pode ser superior a 600 dias. O atleta também pode ter de pagar multa de até R$ 100 mil.
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Técnico da Chapecoense
Gilmar Dal Pozzo, técnico da Chapecoense, também foi um dos denunciados por, de acordo com a procuradoria, praticar agressão física, participar de tumulto e invadir o local destinado à equipe de arbitragem, entre outros fatores.
A suspensão do treinador pode ser superior a dois anos, caso pegue pena máxima em cada um dos artigos que, de acordo com a procuradoria, teria infringido, além de multa financeira de R$ 100 mil.
Outros denunciados
Além dos atletas, do treinador e dos dois clubes, há outros denunciados pela procuradoria. O diretor executivo de futebol da Chapecoense, João Carlos Maringá, é um deles – podendo pegar suspensão de 12 partidas e multa de R$ 300 mil.
Próximos passos
A procuradoria enviou a denúncia ao presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD-SC), Afonso Buerger Filho, que vai decidir se recebe ou não o documento. Se a resposta for positiva, os denunciados serão julgados pelo Pleno do Tribunal. Ainda não há data ou prazos definidos.
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