A 1ª Vara Criminal de São José, após abrir nesta quarta-feira a audiência de instrução e julgamento do motorista Felipe Silva Pereira, 35 anos, acusado de atropelar e matar o procurador de Justiça Aor Steffens Miranda e o engenheiro João Carlos Schultz, designou nova data para oitiva de testemunhas no processo. O motivo foi o Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC) ter insistido em tomar o depoimento de duas testemunhas de acusação que não compareceram à audiência no Fórum josefense. Como o MP não concordou a inversão de provas, as testemunhas de defesa foram dispensadas. Uma nova audiência foi marcada para o dia 5 de julho, às 13h30min, também no Fórum de São José.

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Nesse encontro, além das testemunhas de acusação, serão ouvidas testemunhas de defesa e o réu será interrogado. Sobre as oitivas arroladas pela defesa, bem como ao acusado Felipe Silva Pereira, a Justiça pediu que os advogados do réu informem em 10 dias se irão ouvir todas as pessoas arroladas ou se irão juntar declaração abonatória de algumas para então serem expedidos os mandados de intimação das remanescentes.

Relembre o caso

O procurador e o engenheiro haviam saído de uma partida de futebol, por volta das 2h15min do dia 1º de setembro, e conversavam perto dos seus carros quando a Mercedes C180, conduzida por Felipe Silva Pereira, invadiu a calçada e os atingiu, parando somente ao bater contra um muro, 60 metros adiante.

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Felipe e o irmão ficaram machucados e foram levados ao hospital. O motorista ficou sob custódia da Polícia Militar e foi preso no mesmo dia, sendo encaminhado ao Complexo Penitenciário da Capital, onde permanece até o momento.

A Guarda Municipal de Trânsito de São José foi a primeira equipe a chegar ao local da batida. Logo depois, viaturas da PM também ajudaram no atendimento. Por prova testemunhal, agentes indicaram que o motorista estava embriagado. Segundo a capitão Juliana Lopes, os dois corpos estavam a 60 metros do local do acidente. O condutor, segundo ela, saiu do carro sem saber onde estava.

— Quando perguntamos como ele havia chega ali, ele disse que tinha sido de ônibus. O condutor estava desorientado, com odor etílico, exalava cheiro de álcool. Ele certamente estava em alta velocidade e, no mínimo, alcoolizado — disse, à época.

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