Os múltiplos projetos da Secretaria de Planejamento Urbano e de Desenvolvimento Sustentável (Sepud), da Prefeitura de Joinville, vão exigir absoluto esforço da equipe para dar conta dos desafios. Nesta entrevista, o secretário Danilo Conti (foto) detalha o amplo leque de temas aos quais se dedica. Quer ter definido o regramento das áreas de expansão urbana até o fim de março de 2018. A pasta também planeja montar novo plano viário; criar ambiente para integrar equipamentos urbanos à cena econômica; melhorar a qualidade de vida no Centro; e encaminhar o processo de inovação, atraindo aceleradoras de startups. Não é pouca coisa.
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Havia expectativa de se ter o projeto do IPTU progressivo aprovado neste ano. Está atrasada a em sua tramitação?
Danilo Conti — Não. Verificamos junto ao Conselho da Cidade que o projeto da outorga onerosa deve anteceder o projeto do IPTU progressivo. Não estamos pressionando o Conselho da Cidade em relação ao IPTU progressivo.
O que será prioridade para 2018?
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Conti — A Lei de Ordenamento Territorial (LOT) continuará em revisão. Há situações relacionadas a licenciamentos de igrejas. Também há outras envolvendo áreas de preservação no entorno do Parque da Cidade, na região do bairro Guanabara. Ainda persistem encaminhamentos necessários para definir padrões urbanísticos nas três áreas de expansão urbana: no Norte, no Sul e no Leste do município.
Quando pretende ter isso resolvido?
Conti — Esperamos ter isso claro até o final do primeiro trimestre de 2018.
Há, pendentes, outras ideias e projetos para a qualificação da área central da cidade. Em que pé está isto?
Conti — Exatamente. Para o segundo trimestre, queremos dar mais flexibilidade de uso na região central. Dotar parte do Centro como espaço de agregação de valor, com atividades que não dependam de espaços físicos amplos. Criar um ambiente de centro financeiro, por exemplo.
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Este é um ponto, mas há outras possibilidades de revitalização do Centro como formador de riqueza?
Danilo — Sim. Queremos revitalizar as regiões em volta da Cidadela Antarctica; da rua do Príncipe e da Via Gastronômica. Outro desejo é trazer para o Centro atividades para além do comércio. Ocupar os primeiros andares de imóveis tombados pelo Patrimônio, fomentando o surgimento de galerias de arte, escritórios de arquitetos e designers. Estas ideias já estão em maturação há alguns meses.
Alguma prioridade nestes casos?
Conti — O projeto ao redor da Cidadela Antarctica será o primeiro. A ideia é integrar o local com o Museu de Arte de Joinville, ao Cemitério do Imigrante, com mobiliário que torne este ambiente familiar. Isso tem de ser aprovado pelo conselho que cuida de assuntos do patrimônio histórico.
O sistema viário de Joinville é muito ruim. O trânsito está caótico em várias ruas e em diferentes horários.
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Conti — A revisão do plano viário do município é um desafio grande. E precisa acontecer. O atual plano viário é de 1973. Fazer isso é bem mais do que dar fluidez de tráfego.
Do que se trata?
Conti — Montar o plano viário novo exige investimento alto; não será finalizado antes de dezembro de 2018. Faremos sofisticada pesquisa de origem-demanda de transporte público. Pensamos em integração de modais e introduzir novas tecnologias. O Instituto Fraunhofer, da Alemanha, nos ajudará.
No campo da inovação, o que está proposto?
Conti — O empreendedorismo é vertente essencial ao desenvolvimento. Temos melhorado bastante no quesito cultura empreendedora. Somos reconhecidos nacionalmente. O que nos falta é uma aceleradora de startups. Este terá de ser o próximo passo. Há conversas em andamento com três aceleradoras. Neste aspecto, a Softville, o Inovaparq e o Perini Business Park são fundamentais e grandes parceiros.
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Ainda se faz pouca pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Joinville de forma consistente. Há poucos fazendo isso.
Conti — Este é outro pilar relevante. Vamos em busca de diagnóstico e em busca de respostas para uma pergunta: “Por que nossas empresas não se utilizam das universidades locais para projetos de P&D? O que está faltando? É, sem dúvida, um ponto-chave para estimular o ecossistema de inovação. A chamada tríplice hélice: empresas-poder público-academia.
O Programa de Competitividade de Joinville foi esquecido? Aquele que trata de atrair companhias de ramos modernos de atividade econômica (biotecnologia, novos materiais, fármacos, serviços, entre outros). Como anda?
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Conti — Não está esquecido não. O Programa de Competitividade – que visa a dotar o município de legislação favorável à expansão de negócios e buscar empresas-âncora para Joinville em setores econômicos estratégicos e contemporâneos – está na Câmara de Vereadores.
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Tupy abre cem vagas de trabalho
A Tupy está com processo de seleção para contratar cem funcionários em diferentes áreas da produção. Os interessados devem comparecer, nesta segunda e terça-feira (dias 18 e 19 de dezembro), às 8 horas da manhã, na portaria 2, na rua Albano Schmidt, nº 3.400. Os candidatos devem levar carteira de trabalho, identidade, CPF, título eleitoral, documento que comprove o nível de escolaridade (histórico escolar ou diploma) e carteira de reservista, para homens. Os selecionados começam a trabalhar na Tupy em janeiro.
Desoneração
O setor moveleiro conseguiu entrar no relatório que trata da desoneração da folha de pagamento, que deverá ser encaminhado pela Câmara dos Deputados ao governo federal nesta semana. Empresários de São Bento do Sul, por meio do Sindicato das Indústrias do Mobiliário (Sindusmobil), e a Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel) foram a Brasília diversas vezes defender o pleito, essencial para manter a competitividade do setor em nível mundial. A indústria de móveis é o oitavo setor que mais emprega no Brasil, com 283 mil postos de trabalho.
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Obras do Condor
As obras de construção do Hipermercado Condor, no bairro América, saíram do chão e estão à mostra. O grupo supermercadista paranaense já tem uma unidade em Joinville, na região Sul da cidade.