A busca por vida em Marte pode ter tido um desfecho trágico em 1976. Dirk Schulze-Makuch, astrônomo da Universidade de Berlim, sugere que a NASA matou acidentalmente possíveis micróbios marcianos durante os experimentos da missão Viking.
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O mistério da missão Viking
Em 1976, duas sondas da NASA pousaram em Marte equipadas com instrumentos para detectar vida. Os resultados foram contraditórios: alguns testes deram positivo para atividade biológica, enquanto outros foram negativos. Os cientistas concluíram que não havia vida no planeta.
A hipótese do deserto do Atacama
Schulze-Makuch estudou micróbios no árido Deserto do Atacama, onde vida sobrevive absorvendo umidade do ar através de sais. Ele teoriza que marcianos poderiam usar estratégia similar. “Micróbios de Marte poderiam ter o mesmo ‘superpoder'”, explica.
O erro fatal com a água
Os cientistas da Viking adicionaram água às amostras, pensando que ajudaria qualquer vida marciana. Mas se os micróbios fossem como os do Atacama, a água em excesso poderia tê-los matado. “Talvez tenham morrido após algum tempo”, escreve Schulze-Makuch.
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Evidências ignoradas
Em 2008, a sonda Phoenix confirmou que compostos orgânicos clorados encontrados pela Viking eram realmente marcianos. Isso muda completamente a interpretação dos dados originais, segundo o astrônomo.
Precisamos de novas missões
“Nós precisamos de uma nova missão para Marte dedicada primariamente a detectar vida”, defende Schulze-Makuch. O cientista aguarda ansiosamente por missões que possam testar sua hipótese sobre formas de vida marcianas.
Se a teoria estiver correta, a humanidade pode ter cometido sem querer o primeiro homicídio interplanetário. A boa notícia? Isso significaria que a vida em Marte realmente existiu – e talvez ainda exista em algum lugar.
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