Durante séculos, a construção das pirâmides do Egito foi cercada de dúvidas. Agora, uma descoberta científica aponta para um elemento natural esquecido que pode ter facilitado uma das maiores obras da humanidade.
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Pesquisadores identificaram um antigo curso d’água que teria servido como rota estratégica para o transporte de blocos de pedra até Gizé, revelando uma nova peça desse enigma histórico.
Sem eletricidade, guindastes ou máquinas modernas, os egípcios antigos desafiaram os limites da engenharia. A pergunta sobre como milhares de toneladas de pedra chegaram ao deserto sempre intrigou cientistas e curiosos.
Um rio que mudou a história
As Pirâmides de Gizé são as únicas sobreviventes das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e seguem de pé há mais de quatro mil anos. Ainda assim, o esforço humano por trás dessas construções sempre pareceu quase impossível de imaginar.
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Entre 2620 e 2500 a.C., erguer estruturas tão monumentais exigiria soluções inteligentes. É nesse ponto que a geografia entra em cena, oferecendo pistas que ajudam a entender como o ambiente favoreceu o trabalho humano.
Pesquisas recentes indicam que o deserto atual não era tão árido quanto parece. Pelo contrário, a paisagem incluía um curso d’água extenso, capaz de conectar diferentes áreas de construção e reduzir drasticamente o esforço logístico.
A hidrovia escondida sob a areia
Apresentada no 13º Congresso Internacional de Egiptólogos, a descoberta revela que um braço do Nilo atravessava a região de Gizé. Esse rio, hoje seco, teria sido usado como rota exclusiva para levar materiais até as pirâmides.
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A geóloga Eman Ghoneim usou dados de radar de satélite para mapear o Vale do Nilo. “Estamos falando de uma largura de meio quilômetro ou mais, o que corresponde à largura atual do Nilo”, afirmou ao jornal alemão Heute.
Segundo o estudo, o leito chegou a se estender por cerca de 100 quilômetros. Isso ajuda a explicar por que tantas pirâmides foram construídas em uma mesma faixa territorial, algo que sempre despertou suspeitas entre especialistas.
Coincidência ou planejamento avançado
O antigo curso d’água, chamado de braço Ahramat, passava por 38 sítios de pirâmides diferentes. Para os pesquisadores, esse alinhamento dificilmente é fruto do acaso e aponta para um planejamento sofisticado.
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“Se há pirâmides por toda essa região, deve ter havido cursos d’água no passado que facilitavam o transporte de pedras e de um grande número de trabalhadores para esses sítios”, explicou a cientista.
Agora, a próxima etapa da pesquisa envolve a análise de amostras de solo do antigo leito. A expectativa é confirmar quando o rio esteve ativo e como ele foi integrado à logística das construções.
Cidades perdidas podem reaparecer
Além de ajudar a decifrar o mistério das pirâmides, a descoberta abre caminho para algo ainda maior. O antigo curso do rio pode indicar onde cidades inteiras foram soterradas com o tempo.
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“Com o desaparecimento dos leitos do rio, as antigas cidades e vilas egípcias também foram soterradas, e não temos ideia de onde elas realmente estão”, explicou Ghoneim, destacando o potencial da pesquisa.
Assim, enquanto o passado das pirâmides começa a ganhar contornos mais claros, outro suspense se forma. Sob a areia do Egito, histórias inteiras podem estar esperando para emergir novamente.
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