A regra de ouro em qualquer celebração é clara: ao brindar, olhe nos olhos. A tradição, hoje vista como etiqueta ou superstição para evitar “7 anos de azar”, tem raízes na desconfiança medieval. Originalmente, o gesto servia como uma prova de vida ou morte, garantindo que a bebida não estava envenenada.

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Na Idade Média, o ato de brindar não era apenas festivo, mas um momento de vulnerabilidade. Acredita-se que o choque forte das canecas fazia o líquido passar de um copo para o outro, misturando as bebidas.

Se o outro bebedor desviasse o olhar enquanto bebia, poderia estar escondendo uma intenção maliciosa. Mas como essa tática de sobrevivência virou regra de festa?

Quando o brinde virou proteção espiritual

Na Idade Média, acreditava-se que forças invisíveis poderiam agir durante refeições e celebrações. O brinde era visto como um momento vulnerável.

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Olhar nos olhos funcionava não só como prova de confiança, mas como uma espécie de proteção simbólica contra más intenções e energias negativas. Ao dividir o momento com o outro de forma direta, criava-se um tipo de “escudo social”.

Por que cruzar os braços também é considerado mau presságio

Outra regra comum é nunca cruzar os braços ao brindar. Segundo tradições antigas, esse gesto lembrava a formação de uma cruz durante o movimento das taças.

Para algumas culturas, isso poderia atrair maus espíritos ou desequilíbrios energéticos no momento da celebração. Mesmo sem base científica, a crença sobreviveu e ainda é respeitada em muitas reuniões familiares.

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Superstição que virou etiqueta social

O que antes era visto como proteção espiritual hoje se confunde com boas maneiras. Quem não segue o ritual costuma ser corrigido imediatamente, muitas vezes em tom de brincadeira, mas com fundo de crença. Assim, superstição, tradição e etiqueta se misturam em um gesto que atravessou gerações.