As novelas da televisão brasileira exercem grande influência sobre o modo como as pessoas falam e escrevem. Expressões, gírias e até erros de português acabam sendo reproduzidos pelo público, o que mostra o poder da ficção no dia a dia. Recentemente, a novela Três Graças, da TV Globo, chamou atenção ao exibir um letreiro com dois equívocos de escrita.
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A placa mostrava a frase “Segunda Feira à sábado”, reunindo duas falhas: a falta do hífen em “segunda-feira” e o uso incorreto da crase antes de “sábado”.
O erro simples, mas visível, levantou discussões sobre o domínio das regras gramaticais entre os brasileiros. A crase é um dos temas que mais causa dúvida, e o episódio mostrou como até grandes produções podem escorregar nesse ponto.
De acordo com a norma, o acento grave da crase só é usado quando ocorre a fusão da preposição “a” com o artigo feminino “a(s)”. Como “sábado” é um substantivo masculino, o uso da crase está incorreto.
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O erro no letreiro e o que ele representa
Na cena em questão, o letreiro de uma farmácia exibia “Segunda Feira à sábado”, combinação que contém duas falhas ortográficas.
A primeira é a ausência do hífen, já que o correto é “segunda-feira”. A segunda é o uso indevido da crase antes de uma palavra masculina, que não pede o acento.
O detalhe chamou atenção por representar um erro muito comum entre os falantes da língua portuguesa. De acordo com o texto publicado, o uso incorreto da crase está entre as falhas mais recorrentes em placas, anúncios e até materiais escolares.
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O caso da novela apenas reforça que, embora pareça um detalhe, o domínio dessa regra é fundamental para a escrita correta.
Por que a crase causa tanta confusão
A crase é usada para marcar a união de duas vogais “a”: a preposição e o artigo feminino. No entanto, muitas pessoas se confundem por não identificar quando essa fusão realmente acontece.
No exemplo da novela, como “sábado” é masculino, não existe artigo feminino e, portanto, a crase não deve aparecer.
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O uso equivocado da crase é frequente justamente porque, em muitas situações, o falante age por instinto. Expressões que indicam período de dias ou horários, como “de segunda a sexta” ou “das 8h às 18h”, exigem atenção.
No caso de dias masculinos, como “sábado” e “domingo”, a crase não é usada, mas em horários com “as” ou “às”, ela é necessária.
Quando um erro de português vira aprendizado
Quando uma produção de grande alcance comete um deslize, o erro rapidamente vira assunto e desperta curiosidade. Foi o que aconteceu com Três Graças: o público notou o detalhe no cenário, e o tema logo ganhou espaço nas redes sociais e sites de notícia.
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Erros assim podem ter um lado positivo, já que ajudam a reforçar a importância do bom uso da língua. Para professores e estudantes, o caso serve como um exemplo prático de como aplicar corretamente regras simples como o uso da crase e do hífen.
Mesmo em produções profissionais, lapsos acontecem, e isso abre oportunidade para o aprendizado.
Dicas simples para evitar erros parecidos
Para não cometer deslizes como o que apareceu na novela, é importante lembrar de algumas regras básicas. Palavras como “segunda-feira”, “terça-feira” e “quarta-feira” devem sempre ser escritas com hífen, conforme as normas do português.
Assim, o correto seria “segunda-feira a sábado”, sem crase, e com a grafia adequada.
Outra dica é observar se a palavra seguinte ao “a” é feminina e pede artigo. Quando há a fusão entre a preposição e o artigo feminino, a crase é obrigatória, como em “vou à escola”.
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Mas se a palavra for masculina, como “vou a pé” ou “de segunda a sábado”, o acento não aparece. Saber aplicar essa diferença é essencial para evitar confusões em textos, letreiros e comunicações públicas.





































