Pesquisas em neurociência mostram que a capacidade de foco pode ser desenvolvida de forma semelhante ao treino de um músculo.
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Quando o cérebro é exposto repetidamente a padrões de atenção, há liberação de dopamina, neurotransmissor ligado à motivação e ao aprendizado.
Esse processo ajuda a criar o chamado estado de fluxo contínuo, no qual o indivíduo mantém concentração profunda e desempenho elevado.
A base do método está na ideia de que o foco depende tanto da biologia quanto da psicologia. Ao acreditar que é possível se concentrar e manter a mente sob controle, o cérebro começa a operar de modo diferente, ajustando seus circuitos atencionais.
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Com isso, é possível sustentar a atenção por períodos cada vez mais longos, sem exigir força de vontade constante.
Passos para reprogramar a atenção
O protocolo é dividido em etapas simples e pode ser praticado em cerca de 15 minutos por dia. O Passo Zero, chamado de “manhã de baixa dopamina”, prepara o cérebro logo ao acordar: manter o celular fora do quarto, hidratar-se e realizar atividades de baixo estímulo, como leitura ou silêncio, evita picos de dopamina que prejudicam o foco ao longo do dia.
Em seguida vem o treino interceptivo, no qual a pessoa volta a atenção para dentro de si, observando a respiração e as sensações corporais.
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Depois, a eliminação total de distrações cria o ambiente ideal para o foco sustentado, quando o trabalho é feito em blocos intensos.
Por fim, as pausas estratégicas, de 10 a 20 minutos, permitem que o cérebro consolide as novas conexões neurais formadas durante o treino.
Foco é resultado de prática
Os efeitos observados incluem melhora da memória de trabalho, maior capacidade de aprendizado, redução da ansiedade e sensação de bem-estar.
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O método é mais eficaz quando realizado em dias alternados, permitindo que o cérebro descanse e consolide o treino atencional.
A proposta reforça que o foco não é um dom inato, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida com disciplina e compreensão dos mecanismos neurobiológicos que o sustentam.
