Os gatos sempre foram vistos como animais independentes, elegantes e um tanto misteriosos, mas o convívio com eles vai muito além do simples ato de ter companhia.
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A ciência mostra que a interação entre humanos e felinos provoca reações químicas no cérebro que estimulam o bem-estar e fortalecem os laços emocionais.
Para os pesquisadores, o relacionamento entre tutores e gatos é mais profundo do que parece, envolvendo hormônios e respostas cerebrais que ainda estão sendo descobertos.
Os benefícios não se limitam às pessoas: os próprios gatos também reagem a essas trocas de afeto. Mesmo sendo conhecidos por sua natureza reservada, eles demonstram mudanças químicas quando o vínculo com o tutor é positivo.
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Essa relação, quando ocorre de forma respeitosa e natural, pode aumentar os níveis de oxitocina e diminuir o estresse, promovendo equilíbrio emocional para ambos.
Vínculo químico e o poder da oxitocina
A oxitocina, chamada de “hormônio do amor”, é essencial na criação de laços afetivos entre humanos e animais. Em gatos, pesquisas indicam que gestos simples, como carícias ou um tom de voz calmo, elevam os níveis desse hormônio tanto no tutor quanto no felino.
Esse aumento está ligado à sensação de confiança, à redução da ansiedade e ao fortalecimento do sistema nervoso que induz o relaxamento.
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Entretanto, o surgimento dessa conexão não é automático. Ela depende do conforto e da disposição do gato para interagir. Quando o animal se sente seguro e se aproxima por vontade própria, há liberação de oxitocina.
Mas, se o contato for forçado ou invasivo, o efeito pode ser contrário, gerando desconforto e afastamento.
Formas sutis de demonstrar afeto
Os gatos não expressam carinho da mesma maneira que os cães, mas possuem gestos próprios para demonstrar confiança e apego. Um exemplo é o “piscar lento”, sinal de tranquilidade e segurança que equivale a um gesto de amizade.
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Outro comportamento marcante é o ronronar, som que não apenas acalma o tutor, mas também reduz a pressão arterial e estimula a liberação de hormônios relaxantes.
Essas demonstrações discretas exigem sensibilidade do tutor. Observar o comportamento do gato e reconhecer quando ele busca contato espontaneamente são formas de respeitar seu espaço e fortalecer o vínculo.
Quanto mais o humano entende os limites e o ritmo do felino, mais natural e saudável se torna a relação.
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Diferenças entre gatos e cães
Pesquisas comparativas mostram que, em interações com humanos, os cães apresentam aumento muito maior de oxitocina do que os gatos.
Em um experimento de dez minutos de brincadeira, os cães tiveram elevação de cerca de 57% do hormônio, enquanto os gatos registraram em torno de 12%.
Essa diferença tem origem na evolução: cães descendem de animais sociais, acostumados a viver em grupo, ao passo que os gatos vieram de caçadores solitários, menos dependentes de sinais sociais.
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Mesmo assim, isso não significa que os gatos sejam menos afetivos. Eles apenas expressam o apego de maneira diferente, preferindo se aproximar quando se sentem seguros e no momento que escolhem.
Essa autonomia faz parte da essência felina e reforça a importância de respeitar seu tempo, pois é justamente nessas condições que o vínculo emocional se fortalece.
Benefícios para humanos e felinos
Convivendo com gatos, as pessoas podem experimentar uma série de benefícios físicos e emocionais.
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Acariciar o animal, ouvir seu ronronar e compartilhar momentos tranquilos pode reduzir o estresse, equilibrar a pressão arterial e favorecer o relaxamento.
Essa conexão cria uma sensação de companhia e acolhimento, mesmo em situações de solidão.
Para os gatos, o contato positivo com o tutor também é benéfico, desde que ocorra de forma voluntária e respeitosa. Quando o ambiente é calmo e o humano compreende seus sinais, o felino tende a demonstrar mais confiança e afeto.
No entanto, se o contato for forçado, o efeito pode ser o oposto, com aumento da tensão e menor liberação de hormônios ligados ao bem-estar.
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