Quando você precisava falar com alguém nos anos 80 e 90, não era só pegar o celular e ligar ou enviar uma mensagem de voz por WhatsApp, era precisa usar o famoso orelhão.

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Eram telefones públicos que ficavam em pontos movimentados das cidades e em locais estratégicos como pontos comerciais onde muitas pessoas circulavam. Era uma forma essencial de se comunicar antes mesmo de se imaginar o surgimento de smartphones, 4G ou 5G.

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Fichas telefônicas eram objetos essenciais na bolsa ou na carteira das pessoas

Sempre que alguém precisava usar um orelhão era necessário usar uma ficha telefônica. Uma pequena moeda metálica, com formato diferente de uma moeda normal, que permitia fazer chamadas, sejam locais ou interurbanas.

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Você precisava enfrentar uma fila para telefonar para alguém

Outro problema do orelhão que pode parecer algo inimaginável hoje em dia eram as filas que se formavam. As pessoas enfrentavam longas filas para fazer uma ligação, principalmente em horários de muito movimento.

Além disso, todo mundo corria o risco da ficha “acabar” no meio de uma ligação. Isso porque cada ficha permitia um número certo de tempo de ligação, e quando esse tempo acabava era necessário inserir outra ficha ou recomeçar a ligação.

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Fichas viram cartões telefônicos

Nos anos 90, as fichas passaram a ser objetos de colecionador também e surgiram os cartões telefônicos. Eles eram vendidos por unidades, os mais populares tinham 20, 50 ou 100 unidades. Cada unidade também permitia um tempo determinado de ligação, conforme o tipo, se local ou interurbana.

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Outra curiosidade é que os cartões traziam um lado estampado com informações, mas do outro alguma imagem. Várias séries de cartões diferentes foram lançados pela Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações) e com isso, esses objetos acabavam sendo colecionados, mesmo depois de usados.

Foi o orelhão que popularizou uma expressão utilizada até hoje

Usar um orelhão com ficha telefônica popularizou uma expressão que se usa até hoje: “cair a ficha”. Quando a ficha telefônica era inserida no orelhão, a ligação se completava. Essa expressão é utilizada até hoje para quando alguém entende ou não entende alguma coisa.

Os orelhões também acabaram virando objetos raros, mas ainda existem alguns em cidades brasileiras. O orelhão acabava virando também um local para propagandas e muitos eram adesivados com anúncios colados por toda parte interna e externa.

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