A história da humanidade, que começou na África entre 300.000 e 200.000 anos atrás com o surgimento do Homo sapiens, é uma tapeçaria rica e complexa, cheia de mistérios que fascinam pesquisadores.

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De culturas que floresceram e se extinguiram a agrupamentos humanos antigos, há incontáveis segredos enterrados no tempo. Felizmente, o campo da Arqueologia desempenha um papel crucial para desvendar essas incógnitas e lançar luz sobre o passado.

Recentemente, escavações ao redor do mundo revelaram achados impressionantes que estão intrigando historiadores e arqueólogos.

De estruturas milenares perfeitamente preservadas a pães carbonizados com inscrições religiosas, prepare-se para conhecer as novidades que expandem nosso conhecimento sobre civilizações antigas.

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Quer saber quais são os segredos recém-descobertos? Listamos a seguir cinco das descobertas arqueológicas mais impressionantes feitas globalmente nas últimas semanas, desde a Europa até o Oriente Médio.

Cápsula do tempo pré-histórica: um achado na Suécia

No pântano de Järna, em Gerstaberg, na Suécia, arqueólogos encontraram algo que classificaram como uma verdadeira “cápsula do tempo”.

Durante escavações, relíquias pré-históricas surpreendentemente preservadas vieram à tona. Os artefatos incluem estruturas de madeira, como troncos, estacas e entrelaçados de vime.

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Especialistas afirmam que estas estruturas eram usadas por antigas comunidades de caçadores-coletores neolíticos. Elas formavam uma espécie de ponte, ajudando a atravessar um lago há mais de 5 mil anos. A conservação notável foi garantida pelas condições anaeróbicas naturais do local.

No entanto, os pesquisadores ainda trabalham para identificar o grupo cultural neolítico exato responsável pelo sítio, mas atividades similares já foram ligadas à cultura da Cerâmica com Pintura, que viveu no sul da Escandinávia entre 3.500 a.C. e 2.300 a.C.

Tesouro romano na Alemanha e uma reviravolta

Uma história curiosa aconteceu na Baixa Saxônia, Alemanha, onde um homem descobriu um impressionante tesouro romano com centenas de moedas de prata, um anel e uma moeda de ouro, além de barras de prata, tudo datado de cerca de 2.000 anos atrás.

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A descoberta, feita em 2017 perto da aldeia de Borsum com um detector de metais, não foi legalmente notificada na época.

Felizmente, a situação mudou quando o homem decidiu contatar a polícia e as autoridades responsáveis neste ano. Como resultado, uma nova investigação arqueológica no local revelou ainda mais moedas, totalizando 450 moedas de prata.

Este é agora um dos maiores tesouros de moedas romanas já encontrados na região, datando do início do período imperial romano.

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Cadernos de 2.000 anos: tábuas de escrita romanas na frança

Na comuna de Izernore, no leste da França, escavações em quatro poços do período romano trouxeram à luz 15 tábuas de madeira com inscrições antigas.

Junto a elas, foram encontradas pequenas caixas, espirais de fuso, pentes e solas de madeira para calçados. Estima-se que estes itens foram fabricados na região há cerca de 2.000 anos.

O ponto alto da descoberta são as tábuas. Elas serviam como verdadeiros “cadernos” e eram muito utilizadas na época para comunicação, registro e educação.

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Pesquisadores identificaram em uma das tábuas o que acreditam ser um nome gravado, enquanto outra exibia seis linhas escritas à tinta. Atualmente, os achados estão expostos no Museu Arqueológico de Izernore.

Rede subterrânea sob as pirâmides intriga o Egito

No coração do Planalto de Gizé, no Egito, pesquisadores identificaram três poços profundos soterrados sob as pirâmides de Quéops e Quéfren. O mais impressionante é a precisão milimétrica e a simetria quase perfeita das paredes destas estruturas que resistiram ao tempo.

A ausência de marcas de escavação manual sugere um projeto arquitetônico tão complexo e perfeitamente calculado quanto as próprias pirâmides.

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O primeiro poço está próximo à Esfinge e atinge dezenas de metros de profundidade. O segundo possui dimensões idênticas e indícios de uma conexão planejada. Já o terceiro, perto da base de Quéops, mostra reforços estruturais que sugerem uso frequente em um período remoto.

Agora, especialistas debatem a finalidade destas passagens subterrâneas, com hipóteses que vão de câmaras cerimoniais a corredores simbólicos voltados para o além.

Pães bizantinos com o rosto de Jesus na Turquia

Arqueólogos turcos trouxeram à luz cinco pães carbonizados de cerca de 1.300 anos, descobertos nas ruínas da antiga cidade bizantina de Eirenópolis, na província de Karaman, Turquia.

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O detalhe mais surpreendente, conforme apurado, é a representação de Jesus Cristo em um deles.

Estes achados revelam detalhes importantes sobre a vida espiritual e cotidiana das comunidades cristãs da região nos séculos 7 e 8. Quatro pães exibem cruzes gravadas. O quinto, no entanto, apresenta uma imagem de Cristo como agricultor ou semeador.

Além disso, o pão mais notável possui uma inscrição em grego que pode ser traduzida para “com nossos agradecimentos a Jesus Abençoado”, indicando que o alimento poderia ser um objeto de devoção ou usado em cerimônias de gratidão e bênção nas colheitas, além de fazer parte da dieta.