Em uma área pouco conhecida do sul da Romênia, mais precisamente na aldeia de Costești, existe um dos fenômenos geológicos mais peculiares já registrados: os trovants.
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Essas pedras, aparentemente comuns, atraem a atenção justamente por características que desafiam a lógica, elas aumentam de tamanho, mudam de posição e revelam atividades internas surpreendentes.
De longe, parecem simples rochas arredondadas. Porém, moradores afirmam que após chuvas fortes surgem pequenas protuberâncias em suas superfícies.
A ciência ainda busca explicações completas para o fenômeno, mas a curiosidade existe há décadas, alimentando até hipóteses sobrenaturais.
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O que faz essas pedras aumentarem de tamanho
Estudos indicam que os trovants surgiram há aproximadamente 6 milhões de anos e começaram como pequenos aglomerados.
Muito lentamente, foram crescendo até atingir, em alguns casos, estruturas de cerca de 10 metros. Esse processo é quase imperceptível: estima-se que sejam necessários mil anos para que se expandam apenas alguns centímetros.
A composição explica parte do mistério. Cada trovant possui um núcleo rígido envolto por camadas de arenito compactado. A região onde se formaram era, no passado, uma grande bacia sedimentar. Movimentos tectônicos compactaram as areias, criando as bases dessas formações incomuns.
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O “crescimento” seria resultado da ação de águas ricas em carbonato de cálcio. Após períodos de chuva, esse carbonato infiltra o arenito e comprime as camadas externas, formando saliências que aumentam o volume da pedra, daí a impressão de que elas crescem após tempestades.
Movimento e “respiração”: mais mistérios
Além de crescerem, estudos mostraram que alguns trovants se deslocam lentamente, algo em torno de 2,5 milímetros a cada duas semanas.
O movimento é causado por um crescimento desigual que, somado à gravidade, empurra a rocha ao longo do terreno, comportamento semelhante ao das pedras deslizantes do Vale da Morte, nos Estados Unidos.
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Outro detalhe intrigante: instrumentos altamente sensíveis detectaram uma espécie de pulso interno nesses blocos. Essa “respiração” pode levar até três semanas entre uma alteração e outra, reforçando o mistério das formações.
Quando cientistas abriram exemplares, encontraram estruturas em camadas semelhantes aos anéis de árvores, que ajudam a calcular suas idades.
Um enigma que virou atração turística
Embora alguns pesquisadores levantem teorias de origem extraterrestre, nada foi comprovado. Ainda assim, os trovants se tornaram um patrimônio natural protegido pela UNESCO e são a principal atração do Museu Trovant, no condado de Vâlcea.
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Eles também aparecem na Rússia, nas estepes do Cazaquistão e na República Tcheca, fascinando turistas e estudiosos.
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