Pluribus, da Apple TV, chegou como uma das séries mais comentadas do momento, e, mesmo que ainda não tenha viralizado fora das redes sociais, já conquistou crítica e público. Criada por Vince Gilligan, o mesmo nome por trás de Breaking Bad e Better Call Saul, a produção chamou atenção logo na estreia por unir ficção científica, humor ácido e uma narrativa que desafia o espectador a prestar atenção em cada detalhe.

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A história gira em torno de uma mulher considerada “a pessoa mais miserável da Terra”, alguém que vive num mundo onde, misteriosamente, todas as pessoas parecem felizes o tempo inteiro. Só que essa felicidade uniforme não é natural, e ela acaba sendo a única capaz de enxergar que algo está errado. A protagonista, uma escritora de romances, passa então a investigar a origem dessa alegria artificial e entende que o futuro da humanidade depende dela, justamente por não se encaixar nesse novo padrão emocional.

O que tem feito Pluribus explodir em elogios, segundo o portal Omelete, é a forma como Gilligan conta essa trama. Ele não entrega respostas de bandeja, evita explicações óbvias e constrói significados por meio de imagens, silêncios e pequenos gestos. É uma narrativa que exige atenção e recompensa o público com camadas profundas, críticas sociais e viradas inesperadas.

Outro ponto de destaque é o clima desconfortável, aquele tipo de tensão que mistura humor e estranhamento. Desde a cena em que a protagonista lê seus romances para um público perplexo até as sequências que mostram cientistas comportando-se de forma suspeita, tudo é construído para deixar o espectador preso, curioso e um pouco inquieto.

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No fim, Pluribus, ainda de acordo com o portal Omelete, faz sucesso porque entrega algo raro no streaming atual: uma história original, inteligente e visualmente precisa. É uma série que confia no público, provoca reflexões sobre felicidade, controle e individualidade, e, acima de tudo, mostra que Gilligan continua em plena forma, mesmo mudando completamente de gênero.

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*Sob supervisão de Pablo Brito