É possível imaginar um país sem exército? Para muitos, isso parece impossível, mas algumas nações aboliram suas forças armadas. As razões variam, mas todas encontraram formas de garantir a soberania sem depender de militares.
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Desde a Antiguidade, as forças armadas influenciam a história. O conceito moderno de nação está ligado à presença de exércitos. Eles são vistos como essenciais para garantir a segurança do território e a existência do país.
Com o tempo, o papel dos exércitos mudou. Hoje, eles vão além da defesa, representando tradição e força política. Por isso, alguns países transformaram suas estruturas, deixando de depender de forças armadas. Conheça alguns exemplos e as razões por trás dessas escolhas.
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Costa Rica
No coração da América Central, a Costa Rica aboliu seu exército em 1948. A decisão veio após uma guerra civil que causou grandes perdas financeiras e sociais. Foi o primeiro país do mundo a substituir suas forças militares por uma força civil.
Enquanto muitos países da América Latina enfrentavam intervenções militares, a Costa Rica escolheu outro caminho. O dinheiro economizado foi usado em saúde e educação. Um estudo da Universidade da Costa Rica aponta que isso trouxe ao país níveis de bem-estar superiores aos de seus vizinhos.
Islândia
A Islândia, localizada no Atlântico Norte, não tem exército desde 1869. Apesar de sua posição estratégica, o país garante sua segurança com alianças. Desde 1951, um acordo com os Estados Unidos assegura a proteção do território.
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A Islândia é um dos membros fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Como parte da aliança, conta com o apoio de potências como Estados Unidos, Reino Unido e França. Esses países têm o compromisso de defender a Islândia em caso de conflito.
Liechtenstein
Liechtenstein, um pequeno principado europeu, aboliu suas forças armadas em 1868. A decisão foi motivada pelos altos custos de manutenção dos exércitos. Desde então, o país adota uma política de neutralidade para preservar sua soberania.
A segurança interna é garantida por uma força policial civil. Tratados e acordos com países vizinhos, como Suíça e Áustria, ajudam a proteger o território. Liechtenstein é um exemplo de como a diplomacia pode substituir o poder militar.
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Panamá
O Panamá aboliu suas forças armadas em 1990, após a invasão dos Estados Unidos no final de 1989. A operação militar, chamada “Just Cause”, tinha como objetivo derrubar Manuel Noriega, acusado de tráfico de drogas e corrupção.
A decisão de extinguir o exército também está ligada ao Canal do Panamá. O controle da via, estratégico para o comércio global, foi devolvido ao país em 1999. Sem um exército, o Panamá reforçou a confiança internacional em sua administração pacífica.
Hoje, o Panamá mantém sua segurança com instituições civis, como o Serviço Nacional de Fronteiras. A desmilitarização permitiu ao país focar no desenvolvimento econômico. O canal segue como um símbolo de paz e cooperação internacional.
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