Depois de divulgar medidas para cortar gastos em julho, o agravamento da atual crise econômica fez com que o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, anunciasse nesta terça-feira novas ações para diminuir os gastos da máquina pública. O objetivo é economizar R$ 100 milhões nos próximos 12 meses.
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Prefeito de Florianópolis anuncia medidas para conter gastos municipais
Entre as medidas estão a redução do salário do próprio prefeito em 30%, redução de 10% no pagamento dos secretários, recolhimento de mais de 300 celulares corporativos, compartilhamento de veículos para reduzir a frota e a quantidade de motoristas, proibição de horas extras para servidores administrativos e renegociação de grandes contratos da prefeitura com o objetivo de economizar 15% dos valores previstos em cada um deles.
– O objetivo é garantir o seguimento de obras e manter o volume de investimentos em saúde, educação, mobilidade. E pra isso vamos cortar na carne – destacou o prefeito.
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Outras prefeituras também focam na economia
Outras cidades do Estado também têm focado na economia no poder público. Para diminuir a folha de pagamento e desafogar os cofres municipais, o prefeito da cidade de Caçador, no Meio-Oeste de SC, Beto Comazzetto (PMDB), anunciou na segunda-feira que determinará via decreto a redução do próprio salário em 20% a partir de setembro, por tempo indeterminado.
Prefeitura de Caçador reduzirá em 20% salário de prefeito, vice e secretários
Segundo assessoria da prefeitura, o documento deve ser concluído até quarta-feira e publicado em seguida. O decreto em fase final de elaboração também diminui os vencimentos dos secretários municipais e dos funcionários comissionados, além de determinar cortes de horas extra, novas regras para licença prêmio e uma análise do número de estagiários, afirma a prefeitura.
Em Pomerode, no Vale do Itajaí, um decreto assinado na semana passada reduziu o salário do prefeito, vice-prefeito, secretários e comissionados em 10%. A medida é provisória e deve durar três meses, começando a valer em setembro.
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Em Itajaí, pelo menos 65 servidores devem ser exonerados até o fim de semana. As dispensas devem ocorrer gradualmente para não afetar os serviços, segundo a prefeitura.
A economia vai além da diminuição dos salários. Em Chapecó, por exemplo, a administração municipal dispensou 242 dos 420 comissionados em junho, encolhendo a folha de pagamento da prefeitura em 60%. Contando a suspensão das horas extra, diárias e sobreaviso a folha de pagamento será reduzida em R$ 1,5 milhão por mês.
O município de Laguna, no Sul do Estado, também exonerou 188 funcionários de cargos em comissão de secretarias, fundações e assessorias em junho. A prefeitura passou por uma reforma administrativa, que reduziu o número de secretarias e levou às demissões.
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