Segundo a psicóloga Essi Viding, da University College London, traços de psicopatia podem surgir já na infância, influenciados pelo estilo de criação dos pais.
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O transtorno está ligado ao Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA), mas com sintomas mais intensos. Viding explica que o aumento do individualismo na sociedade e na educação parental tem amplificado esses casos.
“Há muitas pessoas ao seu redor cujas necessidades você precisa aprender a levar em conta”, afirma a especialista.
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Individualismo como fator de risco
A psicóloga alerta que educação centrada excessivamente no indivíduo pode desenvolver personalidades egoístas. “Você também precisa aprender a suportar decepções”, diz Viding, enfatizando a importância de ensinar sobre consequências das ações.
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Estudos mostram que crianças que não aprendem a considerar os outros tendem a desenvolver traços antissociais. A especialista recomenda equilíbrio: nem crítica excessiva nem supervalorização do ego infantil.
Genética e ambiente: uma combinação complexa
Pesquisas de Viding revelaram que a psicopatia pode surgir em qualquer configuração familiar. “O desenvolvimento da personalidade antissocial não é inequívoco”, explica, destacando que até eventos traumáticos podem ter impactos diferentes.
Fatores genéticos também influenciam: “existem genes que predispõem ao desenvolvimento de transtornos”. Porém, o ambiente educacional pode modular essas tendências inatas, segundo os estudos.
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Sinais de alerta na infância
Entre os sinais estão falta de empatia, egoísmo extremo e recusa em assumir responsabilidades. Crianças com autoestima exagerada e que sempre colocam suas necessidades em primeiro lugar merecem atenção.
Viding ressalta que “ser pró-social não é igualmente fácil para todos”, mas intervenções adequadas podem ajudar. O equilíbrio na educação, considerando tanto necessidades individuais quanto coletivas, parece ser a chave.
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