O cantor Milton Nascimento virou um dos assuntos do momento nesta quinta-feira (20), após a exibição do documentário Milton Bituca Nascimento, que mostra os bastidores da turnê de despedida do artista. Aos 83 anos, ele sofre com o Mal de Parkinson e demência.
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O Parkinson é um transtorno neurológico progressivo que afeta o movimento, causado pela perda de células produtoras de dopamina no cérebro. Os sintomas incluem tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e problemas de equilíbrio.
Em outubro, Augusto Nascimento, filho de Milton Nascimento, fez um relato nas redes sociais sobre a situação do pai. “No final do ano passado, comecei a notar alguns comportamentos diferentes do meu pai, mas nada que fosse alarmante”, relatou.
“De lá para cá, fomos levando a vida normalmente, ainda que com uma preocupação sempre existente, mas com ele recebendo inúmeras homenagens, sendo ovacionado, vibrando, cantando, sendo tema de desfile no carnaval, e por aí vai“, disse.
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O herdeiro de Milton Nascimento seguiu expondo uma espécie de linha do tempo: “Com o tempo, as alterações foram se acentuando. O Parkinson, diagnosticado em 2022, avançando, e as pequenas atividades do dia a dia sofrendo impacto”. De acordo com Augusto, recentemente a família viveu um momento encarado por ele como uma “despedida”:
“Em maio, decidi fazer uma viagem de motorhome com ele. Rodamos aproximadamente 4 mil km. Eu dirigia com ele sempre ao meu lado de copiloto e escolhendo as músicas – tal qual sempre fizemos em nossas boas viagens pelo mundo. De alguma forma, eu sabia que aquela viagem seria uma despedida desses momentos. Dentro das limitações dele, nos divertimos muito e, quando voltamos, ele só dizia que havia sido a melhor viagem da vida dele.”
O filho de Milton Nascimento revelou como tem sido a convivência com o músico desde então: “Nossos diálogos, desde então, têm sido, em sua maioria, silenciosos ou um pouco confusos. Meu pai me chama e tenta falar comigo, mas nem sempre consegue se expressar“.
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“As inúmeras ligações a cada vez que eu viajo para trabalhar, já não existem mais, nem mesmo a curiosidade por boas fofocas da vida, ou a espera ansiosa por cada vez que eu retorno para casa em que ele me aguardava com uma camiseta com a nossa foto, ou a curiosidade travessa de me perguntar se eu tinha batido em todo mundo nas voltas dos treinos de jiu-jítsu”, pontuou.
Augusto lamentou a condição de Milton Nascimento: “Tem sido uma batalha diária, uma dor intensa e um vazio enorme no peito. Pois, de alguma forma, o meu melhor amigo está me deixando aos poucos“.
Veja fotos de Milton Nascimento
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*Sob supervisão de Pablo Brito






