Luciano Moreira não era um nome familiar para muitos brasileiros, mas agora a tendência é que isso mude bem rápido. Pesquisador, ele foi reconhecido como uma das dez pessoas que moldaram a ciência em 2025, nesta segunda-feira (8). A lista é divulgada anualmente pela revista Nature, considerada a mais influente da área da ciência.

Continua depois da publicidade

No Brasil, ele lidera uma iniciativa que já vem reduzindo e, no futuro, pretende eliminar doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya.

Ao longo de 17 anos de pesquisa, ele descobriu como criar uma versão do mosquito “turbinada” com uma bactéria chamada Wolbachia (a mesma que está naquela mosquinha da banana, por exemplo). Com ela, o vírus não consegue se proliferar no mosquito, fazendo com que ele seja quase inofensivo para nós, humanos.

A inclusão de Moreira na lista da Nature coloca seu trabalho ao lado de descobertas que marcaram o ano: como o tratamento liderado pela pesquisadora Sarah Tabrizi, capaz de reescrever o DNA de um bebê e curá-lo de uma doença genética, e o desenvolvimento da maior câmera astronômica do mundo, coordenado por Tony Tyson, no Observatório do Chile.

Continua depois da publicidade

Hoje em dia, os mosquitos criados por Luciano Moreira já estão em 16 cidades diferentes, e pesquisas recentes mostraram que alguns desses municípios conseguiram ter uma redução de até 89% dos casos de dengue.

Exterminar a dengue é um desafio para o Brasil, que há anos luta contra a arbovirose e vem enfrentando crises cada vez mais intensas, reflexo também das mudanças climáticas. Neste ano, por exemplo, mais de 1,7 mil pessoas morreram da doença no país.

Conheça a cidade que teve redução nos casos de dengue

Você vai querer ler sobre: Celulares proibidos: como foi a festa da final da Dança dos Famosos na casa de Luciano Huck.

Continua depois da publicidade

*Sob supervisão de Pablo Brito