A rã-manezinha foi incluída entre os símbolos de Florianópolis após a aprovação da Câmara de Vereadores, informou a Casa nessa segunda-feira (7). A medida trata a espécie (oficialmente chamada de “rã-manezinho”) como de interesse especial de proteção do município por parte do poder público. O projeto votado no Legislativo municipal colocou o apelido carinhoso ao habitante da Capital no feminino.    

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Conforme o núcleo de estudos de animais selvagens da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a rã-manezinho (Ischnocnema manezinho) ocorre apenas em Florianópolis, em cavernas, e em mais nenhum outro lugar do mundo. A afirmação foi feita em manifestação de apoio ao projeto de lei entregue pelo grupo à Câmara Municipal. 

Na justificativa do projeto, consta que a espécie foi descrita pela primeira vez por Paulo Garcia, em 1996, depois de ser observada na região do Parque Natural Municipal Maciço da Costeira. 

Nome feminino

Embora haja referência ao nome da espécie no masculino, no projeto, os vereadores explicam que optam pelo uso no feminino, rã-manezinha, por ser mais conhecida dessa forma. Essa flexão também é adotada pelo núcleo de estudos de animais selvagens da UFSC em sua manifestação oficial à Câmara. 

São símbolos da Capital ainda o garapuvu, o martim-pescador-verde e a orquídea lélia púrpura.

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Risco de extinção

A rã-manezinho integra a lista da fauna ameaçada de extinção no Brasil e a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Ainda segundo o núcleo de estudos da UFSC, a área de vida do anfíbio é de menos de 20km², por isso a importância de ser reconhecida pelos moradores da cidade. 

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A proposta de torná-la símbolo da capital é dos vereadores Maikon Costa (PL) e Lino Peres (PT). De acordo com divulgação da Câmara, populações descobertas nas encostas litorâneas continentais de Santa Catarina e na Ilha do Arvoredo estão sendo estudadas e podem ser atribuídas a essa espécie. 

Caso não sejam reconhecidas como rã-manezinha, suas populações podem estar mais do que vulneráveis, em função da expansão urbana de Florianópolis.