A oposta Rosamaria Montibeller, da Seleção Brasileira de vôlei, vive mais uma temporada longe do Brasil, atuando no Airybees, no Japão. Segundo a atleta, a escolha de jogar por um clube de fora do país vai além da experiência internacional, sendo parte de um processo contínuo de evolução pessoal e profissional.
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Confira imagens de Rosamaria Montibeller pelo Brasil
Entenda o motivo de Rosamaria atuar por clubes do exterior
Durante o evento “Vivência Campeã”, em Florianópolis, a atleta conversou com a reportagem do NSC Total e destacou as diferenças entre as ligas. Para ela, cada país oferece características únicas que ampliam o repertório em quadra.
— São características bem diferentes. O vôlei japonês tem muita defesa, o jogo é um pouco mais técnico e menos forte. Já a Itália tem muitas escolas de vôlei no mesmo campeonato, então você acaba jogando contra as jogadoras de mais alto nível o tempo inteiro — disse Rosamaria ao NSC Total.
A oposta da Seleção Brasileira começou a atuar no Airybees na temporada 2023/24 e recentemente renovou para mais um ano. Antes, fora do Brasil, ela jogou por quatro clubes da Itália, entre 2019/20 e 2022/23.
Pelo país que representa, Rosamaria atuou em oito clubes, entre eles grandes nomes como Minas e Praia. Já o primeiro foi o Nova Trento, da cidade natal da jogadora, em Santa Catarina. Foi nele que a atleta foi descoberta pela treinadora Vandeca e cresceu.
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Apesar da ajuda e da importância que o time catarinense deu à jogadora, ela reconhece a necessidade de mudar para evoluir. Após anos atuando no Brasil, de 2010 a 2019, partiu para o exterior.
— Tem sido muito importante esses anos fora do país, e foi em busca disso que eu saí, já há alguns anos, para a Itália e agora para o Japão. É o que eu sigo tentando buscar: poder evoluir, porque eu acho que esse desafio é o que move a gente, o que dá motivação e o que faz a gente sair da zona de conforto — afirmou.
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Segundo Rosamaria, quando anunciou que iria para o clube japonês, recebeu muitas mensagens de pessoas que não entenderam sua decisão e afirmaram se tratar de uma opção errada. Porém, a atleta vê no estilo de jogo do Japão técnicas que agregam ao seu próprio desempenho. Com essa lógica, ela segue jogando pelo Airybees.
— Quando eu fui para fora, foi com esse objetivo: buscar o meu melhor, conseguir evoluir. É nessa pegada que eu sigo mais um ano no Japão. Ainda há muito que eu possa aprender com o vôlei japonês. É para buscar a minha melhor versão — explicou.
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Busca pelo ouro nas Olimpíadas de Los Angeles 2028
Além do crescimento individual, a atleta também mantém o olhar voltado para os objetivos coletivos da Seleção Brasileira. Para ela, estar em contato com os times de fora ajuda a entender o estilo das adversárias. O próximo ciclo olímpico, que se encerra em Los Angeles 2028, é o foco principal.
— O que a gente vê e o que temos demonstrado dentro de quadra é que estamos brigando, e o nosso time tem totais condições de conquistar essa medalha de ouro em Los Angeles. Eu acredito muito. A gente continua trabalhando muito e, tomara, que venha essa medalha para fechar o ciclo de uma maneira perfeita — contou a atleta.
Além do desejo pelo ouro olímpico, a ponteira também afirmou a vontade de completar o trio de medalhas, com a prata e o bronze, no Campeonato Mundial. A próxima edição da competição, e chance do título inédito, será em 2027, pré-Olimpíadas.
Por fim, a ponteira ressaltou a importância da união da equipe e a chegada de novas jogadoras, com destaque para a catarinense Helena, natural de Joinville.
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— É muito legal ver a entrega dessas meninas, das que chegaram neste ano e da gente que já está há um tempo nessa caminhada. Um exemplo que eu tenho é a Helena, que também é de Santa Catarina — conclui.
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