Santa Catarina registrou, pela terceira vez seguida, um saldo positivo de empregos. Em outubro, houve 1.267 contratações a mais que demissões no Estado, revelou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho.
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Foi o quarto melhor saldo do país em um mês no qual apenas oito unidades da federação registraram saldos acima de zero. Ainda assim, foi o segundo pior mês de outubro desde 2003; o pior foi registrado no ano passado, com menos 4475 postos de trabalho. Também foi um número mais tímido que o observado em setembro (3.550 ) e em agosto (3.014).
No ano, o saldo de empregos em SC ainda é negativo (-5.254), assim como nos 12 meses imediatamente anteriores a outubro (-47.026). No país, o resultado foi mais uma vez negativo, de menos 74.748 postos, pior que em setembro (-39.282), sendo que os piores resultados foram do Rio de Janeiro e de São Paulo.
SC tem saldo positivo de empregos pela primeira vez em seis meses
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O segmento com melhor desempenho no Estado foi a agropecuária (1561), seguido pelo comércio (1530). Os piores resultados vieram da construção civil (-808) e da indústria (-776). No acumulado de janeiro a outubro, a indústria leva a melhor posição (5.562), e o comércio, a pior (-7.668).
—Os números refletem o fato de que a produção industrial não está reagindo como se esperava. Temos números bons em têxtil, calçados, mas não está como deveria para esta época do ano. No entanto, ainda é o setor com melhor desempenho, disparado, no Estado – diz Glauco José Côrte, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
Côrte ainda acrescenta que o país, de forma geral, não estimula em nada a geração de empregos, por conta da legislação.
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Caged X PNAD Contínua
É importante diferenciar o Caged, levantamento do Ministério do Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de ocupação e desocupação, do IBGE. O Caged leva em conta o saldo de empregos e contabiliza apenas vagas com carteira assinada. O índice do IBGE analisa o estoque da força de trabalho desocupada, e leva em conta pessoas com ou sem carteira de trabalho.
O último índice do IBGE, divulgado na terça-feira, referiu-se ao período de julho a setembro e observou um crescimento de 47% do desemprego no Estado na comparação com o mesmo período do ano passado – embora SC siga como a unidade da federação com menor desemprego.
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