A popularidade dos vídeos curtos vem acompanhada de um efeito colateral perigoso: o “brain rot”, ou apodrecimento cerebral. A dependência desse formato pode comprometer atenção, memória e escolhas do dia a dia.
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Pesquisadores analisaram exames cerebrais e modelos de decisão para entender como a rolagem infinita altera a forma como pensamos e reagimos a riscos.
O resultado, publicado na revista Neuro Image, mostra que o cérebro se adapta à velocidade do consumo digital, mas essa mudança torna decisões mais lentas e menos conscientes.
Vício que prende atenção
As plataformas digitais investiram em mecanismos de engajamento contínuo. O recurso de rolagem infinita é um exemplo claro, projetado para manter usuários conectados por mais tempo do que desejam.
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Esse modelo se apoia em recompensas instantâneas: cada vídeo traz estímulos novos, rápidos e variados. O cérebro, ao receber essas doses constantes de novidade, busca prolongar a experiência.
Com o tempo, cria-se uma rotina difícil de quebrar. O usuário sente a necessidade de consumir mais e mais vídeos curtos, reforçando o vício e aumentando os impactos negativos sobre a mente.
Escolhas sem avaliar riscos
O estudo mostrou que a dependência digital diminui a capacidade de avaliar riscos. Pessoas mais viciadas apresentaram menor atividade cerebral em áreas ligadas à reflexão e à análise de resultados.
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Isso significa que decisões são tomadas sem considerar consequências importantes. O comportamento impulsivo se torna mais frequente, trazendo riscos para a vida pessoal e até para o ambiente social.
Como destacam os pesquisadores, “quanto mais alguém estava viciado em vídeos curtos, menos sensível era às perdas potenciais”. O efeito é a banalização de erros e escolhas arriscadas.
Quando o cérebro desacelera
O chamado “brain rot” surge como uma névoa que prejudica concentração e raciocínio. A mente, sobrecarregada por estímulos rápidos, perde clareza até em situações simples do cotidiano.
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O processamento das informações passa a ser mais lento, o que atrapalha a tomada de decisões. Essa lentidão aumenta a fadiga mental, deixando o usuário esgotado após horas online.
Com a repetição desse hábito, a eficiência cognitiva diminui. O cérebro, adaptado ao ritmo fragmentado das redes, perde a capacidade de sustentar foco prolongado em tarefas complexas.
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