A estreia de Augusto Delfino como assessor técnico de futebol mostra que, mesmo tendo paralisia cerebral, o jovem de 24 anos possui uma carreira promissora. Pela primeira vez integrando uma comissão técnica, o time dele, o Pura Arte, chegou à final da segunda divisão do campeonato amador de Palhoça. O jogo será às 10h deste domingo contra o Catarinense Futebol Clube, que já foi bicampeão da primeira divisão.

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Por causa da patologia, Guto não move o corpo e nem fala. Mas a cognição é perfeita. Tanto que se formou em Educação Física na Unisul. Ele se comunica através de uma antena fixada a testa. Com o aparelho, digita na tela de um tablet. No começo do ano, o treinador do Pura Arte, Lui Vandré, soube do sonho do garoto em ser técnico de futebol e convidou Guto para integrar a comissão da equipe, que fez uma campanha impecável.

Se o Pura Arte vencer, além de levantar o troféu terá conquistado o campeonato de forma invicta. A decisão será disputada no Estadio Renato Silveira, do Guarani de Palhoça.

— O Pura Arte chegou na final com uma campanha de quatro vitorias e um empate. Foi um período muito enriquecedor pra mim, onde aprendi diversos aspectos do futebol — destacou Guto.

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Nenhuma das equipes têm vantagem. Se o jogo terminar empatado, a decisão vai para os pênaltis. O treinador Lui Vandré salientou a importância do Augusto ao longo da campanha. Segundo ele, Guto trouxe uma energia e motivação para os jogadores.

— Além de entender bastante de futebol e ter nos ajudado nessa parte técnica, a presença dele é muito importante. Ele traz força pra todo mundo, é um exemplo. Sem dúvida, foi uma das virtudes do time no campeonato ter a presença do Guto.

A Hora de Santa Catarina contou a história de Augusto Delfino quando ele foi convidado a integrar a comissão técnica do Pura Arte. Relembre a história:

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Fanático por futebol e com paralisia cerebral, Guto Delfino vira auxiliar técnico

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