Membros das torcidas organizadas do Avaí e do Figueirense foram alvo de uma operação na manhã desta sexta-feira (29) em Florianópolis. Ao todo, 18 mandados de busca e apreensão são cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). Um integrante da torcida de uma das torcidas foi preso, segundo apuração da NSC TV.

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Conforme a promotoria, a ação investiga um confronto que ocorreu entre as organizadas dos dois times. O confronto violento ocorreu em um posto de gasolina em São José, na Grande Florianópolis, depois de um jogo realizado na capital catarinense. Os suspeitos participaram de uma briga generalizada, com uso de barras de madeira e ferro. Segundo o MP, quatro homens ficaram gravemente feridos. Além disso, os veículos dos envolvidos também tiveram danos. O homem detido nesta sexta-feira seria um dos participantes da briga. O caso também é investigado pela Polícia Civil.

— Nós apuramos uma possível associação criminosa onde as pessoas praticam atos de violência ao redor dos estádios antes e depois dos jogos. Alguns integrantes das torcidas organizadas, infelizmente, se unem e combinam de irem a locais para brigar e para fazer a incitação à violência — pontua o promotor de Justiça, Wilson Paulo Mendonça Neto.

Conforme o GAECO, a operação, chamada de “Torcida Segura”, tem como foco enfrentar atos de violência e a incitação praticados pelos membros das torcidas organizadas. Os mandados são cumpridos nos endereços dos investigados e nas sedes das organizações, localizadas nos bairros Estreito e Carianos. Celulares, barras de ferro e um soco inglês foram recolhidos e serão anexados ao procedimento de investigação criminal (PIC) em trâmite na 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital.

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Ainda de acordo com o MP, os alvos estariam implicando em atividades como associação criminosa e outros crimes, como o incentivo e a prática a violência no esporte.

Participam da operação Polícia Militar de Santa Catarina, por meio do 1º Comando Regional de Polícia Militar, e Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), Coordenadoria de Operações Policiais com Cães (COPC/PCSC ), Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais da Polícia Civil de Santa Catarina (CORE) e Central de Plantão Policial da Capita0 (CPP).  

Ao GE, o CEO do Figueirense FC SAF, Enrico Ambrogini, informou que o time apoia as medidas e que é contra qualquer tipo de violência. “O Figueirense apoia todas as medidas que reforçam a segurança na Capital e no Estado. Deixamos claro que somos contra qualquer tipo de violência, independente da indústria, modalidade”, diz o comunicado.

Já o Avaí, em nota assinada pelo presidente Júlio Heerdt, informou que acompanha o caso e está a disposição para “auxiliar no que for preciso”:

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“O Avaí acompanha a preocupação das autoridades quanto à medidas que visem a segurança dos torcedores e se coloca à disposição para auxiliar no que for preciso. O clube repudia qualquer forma de violência nos estádios e trabalha para um futebol cada vez mais seguro, retirando criminosos disfarçados de torcedores das praças esportivas”.

O advogado Rafael Freitas Corrêa, que representa a defesa da organizada do Figueirense, informou por meio de nota que não teve acesso à íntegra dos processos e investigações referentes a operação. Além disso, afirmou que “sempre respondeu a todos os ofícios direcionados à torcida, prestando integralmente todos os esclarecimentos solicitados” e ratifica “a intenção de permanecer à disposição e colaborar com todas as autoridades em busca da paz nos estádios e fora deles”.

O NSC Total entrou em contato com a torcida do Avaí, mas não teve retorno até a publicação.

Confira imagens da operação Gaeco

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