O interino Márcio Coelho assume o Figueirense na fogueira pela segunda vez no ano. Chefe do Alvinegro no empate por 1 a 1 com a Chapecoense na Arena Condá, no turno do Estadual, ele retoma o posto provisoriamente para a partida contra o Juventude, às 19h15min desta terça-feira, no Orlando Scarpelli, no lugar do demitido Marcelo Cabo. O confronto é válido pela 18ª rodada da Série B do Brasileirão.

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Em entrevista coletiva pré-jogo, Márcio disse que analisou minuciosamente a forma de atuar da equipe gaúcha, que também vem em baixa na competição — cinco jogos seguidos sem vitória na Série B. Após o treinador ¿equacionar¿ pontos fortes do Furacão e baixos do adversário, algumas missões se apresentam ao interino no confronto no Scarpelli, para tentar começar a fechar conta contra o rebaixamento.

Somar pontos

A primeira missão do interino Márcio Coelho é óbvia: somar pontos para ajudar o time a sair da lama. Com quatro pontos a menos que o Paysandu, o primeiro time fora do Z-4, o Furacão precisa começar logo a tirar a diferença.

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— Se ganharmos este jogo, pode ser um divisor de águas. Vai nos ajudar porque aumenta a autoestima da torcida e nossa também. Precisamos ter um evento positivo no Scarpelli, que não acontece desde a vitória contra o Londrina — destacou o comandante.

Dividir responsabilidades

Para o treinador, a culpa não é do goleiro que falha em um lance ou do atacante que chuta para fora: o Figueirense é um só dentro de campo, e precisa compartilhar as responsabilidades. O interino do Furacão tem pouco tempo para criar este sentimento de unidade no grupo abalado.

— O que precisamos construir é que, quando um errar, vamos ter um sistema de cobertura, de sempre ter alguém para corrigir o erro. Não gosto da divisão que criamos às vezes. É um grupo só. Quem entrar, não importa se é da base, se não é cascudo ou se é veterano: é um Figueirense só — pregou.

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Multiplicar a presença da torcida

A má fase do time B tem espantado o torcedor. A média de público nos nove jogos no Orlando Scarpelli é de 3.487 torcedores. Nos últimos dois jogos – contra Vila Nova e Oeste – nem 3 mil foram ao estádio. E o confronto contra o time goiano ainda ficou marcado pelo violento protesto da torcida antes de a bola rolar.

— Fica o pedido: quem vier ao estádio, que venha para apoiar. Vi imagens do Scarpelli lotado, e ver o estádio assim traz uma energia muito grande. Sei que não é fácil, mas precisamos do apoio incondicional do torcedor — avisou.

Diminuir a vergonha

Quem se acostumou a ver o Figueira disputando a Série A nos últimos anos não consegue compreender como o time não consegue sair da zona de rebaixamento na Série B. Márcio Coelho se une a estas pessoas. Criado na região continental de Florianópolis, próximo ao Scarpelli, ele compreende o sentimento do torcedor e espera ajudar a diminuir a amargura.

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— São quase sete anos no clube, moro perto do estádio. O que a gente passa é o que o torcedor está passando. Estamos tentando encontrar uma solução. Às vezes, você olha e não consegue compreender. Só vamos sair dessa situação trabalhando em conjunto – frisou.

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