Mais uma vez, a fragilidade e a insegurança do Morro dos Cavalos, na BR-101, colocam vidas em risco e isolam regiões de Santa Catarina. O acidente ocorrido no início da tarde deste domingo (6), com o tombamento de um caminhão carregado com álcool etílico, é uma nova prova real de que o túnel projetado para aquele ponto não é mais uma questão de alternativa, mas uma urgência. O que mais precisa acontecer para que, finalmente, a obra saia do papel?
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O tombamento, sem dúvida, poderia ter ocorrido em qualquer outra rodovia catarinense. No entanto, as condições do Morro dos Cavalos favorecem a ocorrência de acidentes desse tipo. Em maiores ou menores proporções, acidentes similares são comuns naquele trecho da BR-101, em Palhoça. Seja por incidentes menores, veículos quebrados ou colisões de maior impacto, o morro já se mostrou uma fragilidade constante em Santa Catarina.
Veja fotos do incêndio no Morro dos Cavalos
Há quase um ano, o Morro dos Cavalos viveu uma situação parecida, quando um deslizamento de terra trancou a rodovia por dias. Já naquele abril de 2024, a discussão sobre o túnel voltou com força. O ministro dos Transportes, Renan Filho, em meio à crise do ano passado na região, esteve na Grande Florianópolis e admitiu o problema: “Nós precisamos, numa região de serra, como ali no Morro dos Cavalos, fazer uma obra que permita segurança e fluidez, diferentemente do que acontece quando derrocam rochas e terra”.
Ou seja, o governo federal está ciente do problema. Mas, mais do que admiti-lo, é preciso encará-lo de frente. Cabe ao Ministério dos Transportes e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) agilizar a discussão sobre quem será responsável pela construção do túnel, definir os custos e iniciar a obra.
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O Morro dos Cavalos está longe de ser um local seguro para circulação. Fatos recentes comprovam isso. Além de ser uma incógnita para a rotina do Estado, com episódios frequentes em que regiões ficam isoladas, como ocorreu neste domingo.
A nova evidência da urgência do túnel será suficiente para que algo seja feito, finalmente? A resposta dependerá da ação efetiva do governo federal e da mobilização das autoridades catarinenses em torno do tema.





