A uma semana do segundo turno das Eleições 2022 o clima institucional do pais piora consideravelmente. O ato de Roberto Jefferson, aparentemente calculado, ganha uma onda de apoiadores dispostos a enfrentar a ordem democrática em prol de uma aparente democracia que só os interessa. Então, afinal, a quem interessa este clima intensificado neste domingo (23) pelo ex-deputado federal condenado no Mensalão?

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Só se beneficia da desordem quem enxerga nela uma oportunidade. É o que, aparentemente, faz Jefferson. Com um histórico de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele dá um passo avançado para aumentar a narrativa de confronto contra os ministros. Assim, pavimenta movimentos radicais do grupo de convertidos que apoiam a instabilidade democrática.

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O maior dos problemas do clima atual é que ele gera uma onda de ataques entre lados, principalmente num momento eleitoral. Mais do que isso, se espalha em efeito manada com uma velocidade avassaladora. Poucas horas após o ataques de Jefferson contra policiais federais, um cinegrafista foi atacado por apoiadores do ex-deputado condenado simplesmente porque fazia o seu trabalho de registrar imagens no local.

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A mesma coisa faziam os policiais federais atacados quando cumpriam uma ordem judicial. Na maioria das vezes, os policiais nem sequer sabem o motivo dos mandados que cumprem. Atacá-los, além de atingir o próprio sistema jurídico, é também um erro estratégico na relação com as forças de segurança.

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Por outro lado, para quem visivelmente está interessado na desordem institucional, o ato é mais um do roteiro estabelecido para atingir a democracia. Mais do que em qualquer outro momento, agora é a hora de a defesa de demoacracia ser ainda mais intensa, afinal estamos num período eleitoral. 

Seja qual for, o resultado da eleição deve ser respeitado. Por isto que a crise institucional em que Jefferson tenta colocar o país deve ser repudiado e evitado.

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