O Brasil está com os olhares voltados para o crime organizado. A abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para discutir o tema no Congresso Nacional, após a operação contra uma facção criminosa no Rio de Janeiro, no final de outubro, colocou ainda mais atenção sobre tema. Nesta semana que se inicia, quatro secretários convocados para a CPI do Crime Organizado estarão em Santa Catarina para a 5ª edição do SulMaSSP. O evento, em Florianópolis, reúne os líderes de segurança pública de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os quatro últimos Estados é que tiveram os secretários convocados para a CPI.
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O encontro ocorrerá na semana em que a Secretaria de Estado da Segurança Pública catarinense (SSP-SC) completa 90 anos. O evento será nos dias 11 e 12 de novembro, terça e quarta. O objetivo é reforçar a atuação integrada no combate ao crime organizado na região que engloba os cinco estados mais ao Sul do país.
Com a participação da governadora de SC em exercício no período, Marilisa Boehm, os secretários de Estado da Segurança Pública se reúnem em Florianópolis, acompanhados de representantes das Polícias Militar, Civil, Científica, Penal e do Corpo de Bombeiros Militar, além dos Centros Integrados de Comando e Controle dos estados do Sul.
O SulMaSSP é uma iniciativa interestadual que busca avançar na repressão às organizações criminosas, coibindo a lavagem de dinheiro, atacando agentes logísticos do crime, como transportadores terrestres, marítimos e aéreos, com a proposta de aprimorar os mecanismos de inteligência e defesa social. Para isso, o grupo desenvolve propostas de legislação voltadas ao aperfeiçoamento de temas de grande relevância para a atuação das forças de segurança.
Entre os assuntos estudados pelos grupos de trabalho que compõem o SulMaSSP estão a inclusão, como condutas criminosas, do transporte, armazenagem e apoio logístico a facções; o monitoramento de aeródromos; a criminalização de pistas clandestinas; e o controle da fabricação e uso de aeronaves remotamente pilotadas (ARP).
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O grupo também estuda a modernização da legislação de recuperação de ativos e combate à lavagem de dinheiro, além do endurecimento das penas para criminosos violentos e reincidentes. Essas são medidas que visam à desarticulação da logística criminosa na região.

