O anúncio do governo de Santa Catarina, com medidas que somam R$ 435 milhões, busca criar uma espécie de “proteção” interna para empresas impactadas pelo tarifaço dos Estados Unidos. A taxação de 50% imposta por lá afeta profundamente alguns setores, chegando a atingir quase 90% da produção de algumas companhias. A preocupação maior, porém, está na preservação dos empregos, um ponto sensível tanto para empresários quanto para trabalhadores.
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No pacote federal, a ajuda está condicionada à manutenção dos postos de trabalho nas empresas beneficiadas. Já em Santa Catarina, o governo de Jorginho Mello (PL) aposta no “patriotismo” dos empresários para preservar as vagas, mas garante que haverá acompanhamento próximo para verificar o cumprimento dessa expectativa. O sinal dado pelo governador, na coletiva de imprensa dos anúncio das medidas, em 13 de agosto, é claro: o Estado confia, mas não deixará de observar os movimentos.
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Ao mesmo tempo, o governo catarinense demonstra esperar que o impasse seja resolvido no campo diplomático. A aposta é que o governo federal consiga, por meio de negociações com os Estados Unidos, reduzir ou eliminar o tarifaço. Essa estratégia reforça a visão de que a medida estadual é paliativa e que a solução definitiva viria de acordos internacionais.
Por ora, o pacote catarinense tem prazo definido de quatro meses. O período serve como respiro imediato para as empresas mais atingidas, mas também dá mais tempo para que ações diplomáticas possam avançar. A proteção criada em SC é necessária e precisa ser acompanhada mês a mês.
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