A informação trazida em primeira mão por este colunista, no começo da última semana, de que o governador Jorginho Mello (PL) vai trocar novamente o comando dos presídios de Santa Catarina, caiu como uma bomba nos bastidores do Poder no Estado. Principalmente porque a escolhida para assumir a secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) é a desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, responsável por autorizar as prisões de 17 prefeitos nos últimos dois anos. No entanto, um ponto importante precisa ser analisado de perto: é a terceira vez que Jorginho mexerá na pasta que comanda os presídios.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

A primeira foi antes mesmo de o secretário escolhido assumir efetivamente. Na posse como governador, em 1º de janeiro de 2023, Jorginho levou ao palco do Teatro Pedro Ivo o vereador de Jaraguá do Sul e policial penal, Jeferson Cardozo (PL), o escolhido para a função. Porém, repercutiu negativamente o fato de ele já ter sido preso, o que fez o governador recuar.

Depois, a escolha foi pelo também policial penal Edenilson Schelbauer, que ficou oito meses na cadeira, até ser substituído por Carlos Alves, também policial penal. Para o governador, entretanto, a SAP é a secretaria que ainda precisa funcionar melhor, segundo ele mesmo tem dito a interlocutores.

Na prática, a mudança já está confirmada, faltando apenas definir quem substituirá o atual secretário, que segue trabalhando normalmente e participando de reuniões internas no governo. Até agora, não houve qualquer comunicado oficial à SAP sobre uma possível troca.

Continua depois da publicidade

Cinthia ainda não deu uma resposta oficial a Jorginho sobre o convite, feito em uma conversa no Centro Administrativo. Os dois devem se reunir neste começo da semana, quando a entrada da desembargadora no governo deve ser confirmada. Nos últimos dias, Cinthia esteve licenciada do TJ-SC por motivos familiares e ficou em Rio do Sul, onde mora.

Recentemente, ela pediu para deixar o Grupo de Monitoramento e Fiscalização (GMF) do Judiciário catarinense, criado para acompanhar o sistema prisional. A ligação da desembargadora com o setor, pela atuação no TJ, pesou para o convite feito por Jorginho.

Destaques do NSC Total