As cenas que circulam desde a manhã desta quinta-feira (4) na BR-101, em Itapema, são estarrecedoras. Um grupo de “torcedores” do Santos interrompeu a principal rodovia do Brasil para tentar atacar um ônibus com torcedores do Internacional de Porto Alegre. A cena foi gravada, filmada, divulgada aos quatro ventos. Não há paixão esportiva ali. Não há amor a clube. O que se vê é uma ação criminosa.

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É preciso dizer com todas as letras: não são torcedores. São criminosos. Eles apenas se encostam nos times de futebol para tentar justificar a própria violência. Usam camisa, cantam músicas de arquibancada, mas o objetivo não é apoiar ninguém. O foco é único: fazer confusão, promover caos, transgredir a lei. Poderia ser no futebol ou em qualquer outro ambiente, porque o motivo real não tem nada a ver com esporte. É crime, ponto.

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Ao mesmo tempo, o episódio deixa uma lição importante. A reação das forças de segurança de Santa Catarina foi ágil, direta e necessária. A resposta rápida, com intervenção imediata, impede que o espetáculo triste se torne algo ainda pior. E essa postura merece reconhecimento. Quando o Estado atua, a mensagem é clara. Há lei, e ela não será atropelada, nem mesmo por quem tenta escondê-la atrás de um escudo com distintivo de clube.

Infelizmente, Santa Catarina já carrega um histórico marcado por episódios desse tipo. Brigas, emboscadas, mortes, prejuízos físicos e emocionais de quem nada tem a ver com o confronto. Famílias pegas no meio do caminho, crianças presas no trânsito, trabalhadores atrasados. A mancha causada por esses criminosos não atinge apenas os clubes, atinge a sociedade inteira.

Por isso, a urgência das respostas precisa ser regra, não exceção. Quando alguém fecha uma rodovia, ameaça pessoas e tenta atacar outro grupo, com objetivo violento, não está exercendo paixão pelo futebol. Está cometendo crime. E crime se combate com ação rápida, punição exemplar e zero tolerância. O futebol merece respeito. A sociedade merece segurança. E quem insiste em confundir violência com torcida deve entender que o limite é a lei, e ela chegou rápido, como deve ser sempre.

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