Uma pesquisa recente da plataforma Booking.com revelou recentemente os destinos mais cobiçados do Brasil para a virada, e Florianópolis, em Santa Catarina, aparece na vice-liderança do ranking. Para o Réveillon de 2026, a Capital espera receber mais de 650 mil pessoas nas orlas da Beira-Mar Norte e Continental, atraídas por shows nacionais e queima de fogos. Essa alta demanda já se reflete nos preços de locações: as diárias partem de cerca de R$ 4 mil em imóveis bem localizados e, em unidades de luxo, podem chegar a R$ 30 mil.
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No Campeche, uma das praias mais disputadas de Florianópolis, um dos destaques é uma casa de luxo com capacidade para até 14 pessoas, piscina aquecida, vista panorâmica para o mar, jacuzzi e áreas gourmet pensadas para confraternizações de fim de ano. A diária chega a R$ 30 mil em datas como Réveillon e Carnaval e, ao longo do restante do ano, varia entre R$ 18 mil e R$ 20 mil.
Veja fotos do Réveillon em SC
Na avaliação de Diogo Martins, especialista em mercado imobiliário e CEO do Instituto Brasileiro de Educação Profissional (IBREP), a disparada de preços acompanha o crescimento do turismo de alto padrão.
– No Réveillon, o que está em jogo não é só metragem ou número de quartos. A oferta de imóveis realmente premium, com vista privilegiada, área de lazer completa e estrutura de luxo, é muito menor do que a quantidade de pessoas dispostas a pagar por essa experiência em poucos dias do ano. Quando você soma isso ao aumento de turistas brasileiros e estrangeiros e a um período curtíssimo e concorrido, é natural que as diárias alcancem valores tão altos – explica.
Golpes crescem junto com a procura
Martins também faz um alerta para o outro lado desse movimento, o aumento de golpes na locação de temporada.
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– Como os valores sobem e a procura explode, os golpistas encontram um terreno fértil. Perfis falsos, anúncios clonados e ofertas muito abaixo da média são iscas clássicas. Além disso, é preciso atenção com vendedores que pedem para concluir a negociação fora da plataforma oficial. Em muitos casos, essas pessoas oferecem imóveis que não existem ou que não lhes pertencem. Infelizmente, muitas vezes o comprador só descobre o golpe ao chegar ao endereço – relata.
O especialista ainda recomenda que negócios somente sejam fechados com corretores credenciados no CRECI e imobiliárias reconhecidas. Ele também fala que é necessário exigir contrato, conferir o registro profissional e desconfiar de qualquer “oportunidade imperdível” que fuja muito do preço praticado no mercado.