Enquanto a direita catarinense trava uma disputa acirrada por espaço na corrida ao Senado em 2026, a esquerda ainda tenta se encontrar e definir nomes viáveis para a disputa. No campo bolsonarista, a movimentação é intensa. Três nomes já se colocam no tabuleiro e disputam duas vagas na chapa do PL: a deputada federal Caroline de Toni (PL), o senador Esperidião Amin (Progressistas) e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL). A presença do filho do ex-presidente na disputa tem provocado ruídos dentro da base de apoio do governador Jorginho Mello (PL) e dividido lideranças do partido.

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Nos bastidores, a tendência é que os três mantenham as pré-candidaturas, mesmo diante de possíveis composições futuras. Há ainda quem cite outros nomes à direita que podem entrar no jogo, como o do deputado federal Gilson Marques (NOVO), que, embora não integre o PL, pode tentar atrair o eleitorado liberal e conservador caso as alianças bolsonaristas se fragmentem. Se Carol de Toni migrar para o NOVO, Gilson será candidato à reeleição.

Enquanto isso, no campo da esquerda, o cenário é de indefinição. Até o momento, nenhuma pré-candidatura foi anunciada para o Senado. Alguns nomes surgem de forma tímida, como o do vereador de Balneário Camboriú Eduardo Zanatta (PT), mas sem confirmação ou articulação concreta. Na última quarta-feira (5), representantes dos partidos se reuniram (foco acima), mas não encaminharam nomes.

Nos bastidores, o silêncio da esquerda estaria ligado a uma possível reconfiguração de planos do ex-deputado federal Décio Lima (PT). Atual presidente nacional do Sebrae, Décio tem afirmado que pretende disputar novamente o governo do Estado, repetindo a tentativa de 2022, quando foi ao segundo turno contra Jorginho. Contudo, há quem aposte que, até o próximo ano, o petista possa mudar de rota e concorrer ao Senado, o que explicaria a cautela do partido em lançar outros nomes.

Enquanto a direita se divide entre excesso de opções, a esquerda segue à procura de uma candidatura competitiva que possa equilibrar o jogo político catarinense em 2026. Com a fragmentação da direita, há na esquerda um otimismo de quem um candidato forte da esquerda ao Senado pode beliscar uma vaga.

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