Técnicos da Câmara de Vereadores de Florianópolis constataram a fraude de uma enquete feita no site do Legislativo sobre o projeto de lei que proíbe fogos de artifício com barulho na Capital catarinense para a preservação das pessoas áudios sensíveis: idosos, crianças, autistas, além de animais domésticos e silvestres. O texto é de autoria da vereadora Maria da Graça (MDB). A votação foi aberta para que as pessoas pudessem se manifestar sobre a proposta, mas houve um desvirtuamento causado por votação em massa irregular.
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Entre os dias 21 de novembro e 7 de dezembro havia no sistema uma diferença superior a 4 mil votos favorável ao projeto. Entretanto, em 8 e 9 de dezembro houve um aumento considerável contra o projeto. A vereadora pediu, então, uma auditoria da equipe técnica da Câmara, que constatou 4.464 votos fraudados contra a proposta. Somente 336 deles eram válidos para a enquete.
Segundo os técnicos, um dos e-mails tentou votar 1.500 vezes, porém não foi contabilizado, por ser apenas permitido o cadastro de um e-mail por voto. Também foram usados e-mails comerciais dos Estados Unidos, Inglaterra e Rússia, para prejudicar o projeto. Os fraudadores ainda usaram e-mails fake para votar.
Com as tentativas de fraude, a Câmara decidiu implantar mais uma camada de segurança na votação. A pessoa será obrigada a confirmar o voto em um e-mail que receberá na sua caixa de entrada logo após responder a enquete, como forma de garantir a veracidade do contato informado. A medida segue o mesmo modelo do Senado Federal. Esta enquete foi a primeira feita no no site do Legislativo.
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