Em meio à crise bolsonarista em Santa Catarina pela vaga ao Senado, o governador Jorginho Mello (PL) adotou um tom de distanciamento e pragmatismo, minimizando a “confusão” e reiterando seu foco na gestão do Estado. Ao mesmo tempo, deu o tom que vem adotando nas negociações, de que precisa ceder uma dos dois espaços da chapa dele para coligar. Ele respondeu sobre o tema para a coluna na manhã desta quarta-feira (5), na Casa D’Agronômica, em Florianópolis, durante um evento do governo do Estado.

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A briga atual envolve nomes como o da deputada estadual Ana Campagnolo (PL) e filhos de Jair Bolsonaro, como Eduardo Bolsonaro e o próprio Carlos Bolsonaro, pré-candidato ao Senado por SC. Tudo gira em torno da vinda de Carlos a terras catarinenses para disputar a eleição, com Carol de Toni perdendo espaço.

Questionado sobre como se posiciona diante do embate eleitoral que já movimenta os bastidores da política catarinense, Jorginho foi direto:

– Tocando a vida, estou trabalhando. Eu tenho compromisso com Santa Catarina em trabalhar.

O governador jogou a decisão sobre a composição eleitoral para o próximo ano, demonstrando confiança no seu projeto.

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— A eleição é o ano que vem. O ano que vem vamos ver quem é que vai ser senador, como que vão ficar as composições, quem fica com quem. Uma coisa natural. Não sei por que essa valorização – disse.

Apesar da fervura política, o governador diz que a situação está sob controle. Ao mesmo tempo, repetiu o tom, indiretamente, de que precisa coligar.

— Muitas pessoas pensam na sua particularidade, eu penso no todo, eu penso no Estado de Santa Catarina.

Ao final, Jorginho se utilizou de uma linha poética para aplicar o habitual otimismo pelo qual é conhecido: “e se não deu certo ainda é porque não chegou no fim, quando chegar no fim vai dar certo”.

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