Uma nova frente de ações para encarar a realidade das pessoas em situação de rua está sendo colocada em prática em Florianópolis. Uma delas é a compra de vagas por parte da prefeitura em clínicas particulares para que sejam feitas internações involuntárias. O modelo se diferencia da internação compulsória, onde a Justiça é quem determina o recolhimento da pessoa. No caso do formato involuntário, uma equipe multidisciplinar da prefeitura, incluindo médicos, é quem atesta a necessidade da internação.

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Segundo o prefeito da Capital, Topazio Neto, serão 50 vagas adquiridas em hospitais privados que fazem atendimentos específicos. As pessoas ficarão internadas por 90 dias e depois serão reinseridas na sociedade com o apoio do munucípio.

– Estamos licitando até 50 vagas para a prefeitura internar em clínicas particulares a custo da prefeitura. Então nós vamos ter clínicas cadastradas, não só comunidades terapêuticas. São clínicas psiquiátricas onde através de uma avaliação conjunta multitarefa, de assistência social, saúde e segurança pública, nós vamos avaliar o comportamento das pessoas que estão na rua e identificar casos que só uma internação involuntária pode salvar a vida daquele cidadão, porque ele já não consegue mais.

Topazio alega que a prefeitura não adotou antes esta medida por conta do custo. O município adotou uma série de ajustes na Passarela Nego Quirido, onde fica a Passarela da Cidadania para atendimento às pessoas de rua. Com as alterações, houve uma redução de custos. Estes valores, então, serão usados pelo município para a contratação das vagas.

Outras medidas também vem sendo adotadas, como o monitoramento de pessoas que chegam pela rodoviária e outras portas de entrada. A prefeitura ainda faz o controle constante através de um aplicativo onde há o cadastro de quem está em situação de rua.

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