Itapema atingiu uma posição improvável no mapa imobiliário brasileiro: a cidade do litoral norte de Santa Catarina de 75 mil habitantes chegou ao segundo lugar no ranking nacional do metro quadrado mais valorizado, com média de R$ 14.702, atrás apenas da vizinha Balneário Camboriú (R$ 14.776/m²). Segundo especialista no setor e presidente de uma das construtoras mais renomadas da região, João Conhaqui, da Gessele, o avanço é sustentado por mais de 400 obras em andamento, cerca de 200 novos projetos em fase de aprovação e um pacote de infraestrutura que inclui alargamento da faixa de areia, nova marina com mais de 200 vagas para embarcações e o Píer Turístico Oporto, previsto para inaugurar ainda em 2025 com o primeiro Hard Rock Café flutuante do mundo.

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Por conta desses fatores, o mercado local passou a atrair investidores de várias regiões do país e do exterior, que buscam valorização acelerada e sustentável, além de indicadores de segurança urbana, renda per capita elevada e oferta crescente de serviços e empreendimentos exclusivos de alto luxo.

– Itapema aprendeu com os acertos e desafios de Balneário Camboriú e traça um caminho próprio – afirma Conhaqui, presidente da Gessele.

Veja projetos de luxo em Itapema

Segundo ele, o ritmo das obras públicas e privadas de Itapema, juntamente ao portfólio e potencial de construtoras, têm reconfigurado e contribuído para elevar o padrão urbano em praticamente todas as regiões do município. Em termos de investimentos imobiliários, um dos sinais que garante segurança e valorização é a concentração de landbank da construtora.

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A Gessele, comandada por Conhaqui, por exemplo, detém cerca de R$ 2 bilhões em VGV. Entre as áreas sob seu domínio estão terrenos quadra mar que estão se tornando cada vez mais escassos na região.

– Para quem compra na planta, olhar o tamanho e a qualidade do landbank é tão importante quanto analisar o decorado. Em um mercado de ciclos longos, a capacidade de sustentar ativos caros funciona como indicador de fôlego financeiro – explica.

A Gessele registrou crescimento de 300% em 2024 na comparação com o ano anterior e, apenas no primeiro semestre de 2025, igualou todo o faturamento de 2024, com projeção de dobrar o resultado até dezembro. Um dos destaques no portfólio da empresa é George VI, edifício pé na areia no Canto da Praia, entregue em julho com 91,7% das unidades vendidas e valorização superior a 200% desde 2021, no mesmo período, a alta média nacional foi de 36,68%, segundo o FipeZap.

Na outra ponta do portfólio, o Charles II Yacht Royal Home by Okean resume o novo ciclo de luxo na cidade. Com 70 andares, rooftop a 252 metros de altura com piscina de borda infinita, heliponto homologado e marina para 114 jet skis com atracador para grandes embarcações ligado ao Rio Perequê, o empreendimento fica na rua do futuro píer turístico e tem VGV projetado acima de R$ 800 milhões. Mesmo com lançamento oficial previsto para o primeiro semestre, mais de 70% das 114 unidades já foram pré-reservadas.

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– As inspirações em grandes obras europeias e britânicas e na realeza, não é pelo status ou pompa, mas percepção de valor tanto na arquitetura quanto de legado, de decisões que contribuem com obras que atravessam gerações. Em um setor marcado por ciclos longos, trabalhamos com a lógica de patrimônio: cada prédio precisa fazer sentido economicamente hoje e continuar relevante daqui a 30 anos. Por isso, criamos o nosso manual de luxo real e o Eco Royal, alinhados às normas ISO, integrando eficiência energética, qualidade construtiva e gestão ambiental e dessa forma, estabelecemos a nossa filosofia exclusiva. Em um mercado tão concorrido, o verdadeiro diferencial não é quem lança mais, mas quem entrega ativos mais perenes, sustentáveis e coerentes com o capital que o cliente está alocando – afirma Paula Gessele, vice-presidente da Gessele.