Com um mundo em conflitos, a ausência da figura de Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, será bastante sentida. Conhecido pelo perfil conciliador e pela postura de enfrentamento a temas sensíveis dentro da Igreja, o argentina deixará um legado que fala por si, e ainda necessário diante do cenário geopolítico atual. Nos 12 anos em que esteve à frente do Vaticano, Francisco demonstrou a disposição para se posicionar, mesmo diante do conservadorismo típico do ambiente onde circula.
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Nos discursos ao longo do papado, Bergoglio marcou época ao manifestar-se sobre os conflitos entre países, adotando um tom pacífico, urgente diante dos principais cenários de enfrentamento. Mesmo nas poucas aparições feitas em 2025, onde teve um começo de ano acometido por doenças respiratórias, o argentino não deixou de fazer referência à paz.
Fotos do Papa Francisco no Brasil em 2013
Sem Francisco, a Igreja Católica estará diante de um momento complexo. Ao mesmo tempo onde passa por uma pressão interna dos grupos conservadores, tem o papel de manter a linha conciliadora e necessária deixada pelo Papa que se despediu nesta segunda-feira (21). O legado não pode ser desprezado e nem relegado, ainda mais diante das transformações internas feitas por Francisco.
O momento atual pede prudência da Igreja, a mesma adotada por um Papa que não deixou de encarar os temas mais difíceis, mais colocou-se como mediador de conflitos e incertezas. A imagem de Francisco caminhando pela praça São Pedro, no Vaticano, no início da pandemia de Covid-19, em 2020, é um exemplo da imagem que fica, de alguém que enfrentou as adversidades mesmo que para isto fosse necessário ficar isolado.
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Um isolamento muitas vezes forçado, mas encarado, não desprezado. Efeito do enfrentamento a temas sensíveis como forma de melhorar a sociedade diante da importância daquilo que a Igreja dita regras e tendências. As ações de Francisco, portanto, deixam um legado que impera e, mais do que isso, exigem continuidade.