O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) protocolou um pedido no Tribunal de Justiça (TJ-SC) para que o prefeito afastado de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), seja preso novamente. Ele foi solto na última quinta-feira (26), após ficar 19 dias detido dentro da operação Caronte, que investiga suspeitas de irregularidades na concessão dos serviços funerários da cidade do Sul do Estado. No pedido assinado pelo subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Durval da Silva Amorim, e seis promotores de Justiça, o documento alega que Salvaro descumpriu uma medida cautelar imposta pela desembargadora Cinthia Bittencourt Schaefer, responsável pelo caso no TJ-SC.

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As cautelares foram impostas em substituição à prisão preventiva. Uma delas proibia Salvaro de ter contato com outros investigados e também testemunhas da Caronte. No entanto, para o MP-SC, esta regra foi violada pelo prefeito afastado já na noite em que ele deixou a prisão. Salvaro estava detido em Itajaí. Ele foi recepcionado em Criciúma com uma festa feita por apoiadores.

Segundo a promotoria, entre as pessoas presentes no local estavam um outro investigado na operação e também uma testemunha. Os nomes de ambos são citados pelo MP-SC, assim como há imagens da aparição de ambos no ato onde Salvaro foi recebido com festa. Por conta disso, a promotoria alega que houve “desrespeito do acusado à decisão judicial” e pede o restabelecimento da prisão preventiva.

A defesa do prefeito afastado foi procurada pela coluna. O advogado César Abreu disse que havia tomado conhecimento do fato há pouco e que iria se inteirar antes de emitir uma posição. Além da medida cautelar de afastamento de investigados, Salvaro também terá de ficar 120 dias afastado do cargo de prefeito e usar tornozeleira eletrônica por 90 dias.

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Até por volta de 20h15min desta segunda-feira (30), a desembargadora responsável pela Caronte ainda não havia decidido sobre o pedido do MP-SC.

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