Tantas foram as promessas de entrega da obra do elevado do Rio Tavares, em Florianópolis, que fica difícil contabilizar os prazos dados pela prefeitura desde o início da obra. O prefeito Gean Loureiro, ao assumir em janeiro de 2017, tinha a intenção de inaugurar a estrutura em dezembro passado. Não conseguiu. Agora estipulou o final deste ano como o limite para a liberação do trânsito e março de 2019 para a entrega total do elevado.

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Internamente, a prefeitura diz ter feito a sua parte. Resolveu as desapropriações e deixou de lado o impasse das questões arqueológicas com o Instituto de Patrimônio Histórico Nacional (Ipahn). Por isso, cobra celeridade do consórcio Conpesa/BTN, responsável pela obra. Loureiro estabeleceu um cronograma diário de cada passo do elevado com os engenheiros da contratada. Pelo celular, ele recebe diariamente um detalhamento do que está sendo feito.

Mas, para quem passa pela obra diariamente, a evolução é pouco visível. Em alguns dias há mais trabalhadores atuando, em outros menos. Ontem, por exemplo, havia pouco menos de 20. E o grande dilema está justamente na lentidão dos serviços. Caso opte por rescindir o contrato com o consórcio, terá de reabrir o processo licitatório com o risco da falta de interessados, além de maior demora para a entrega. Mas, se escolher pela continuidade, precisará ter paciência e insistir na cobrança à construtora.

Enquanto isso, a prefeitura diz que resolveu todos os impedimentos que estariam ao seu alcance e coloca a responsabilidade a partir de agora nas mãos da empreiteira. A coluna tentou contato com o consórcio para saber da parte que lhe compete, mas o engenheiro responsável diz que falaria somente com a permissão da prefeitura.

O cenário

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Ontem à tarde, em entrevista à coluna, o prefeito disse neste momento acreditar que a obra terá continuidade. Segundo ele, a construtora enfrenta problemas de administração. Depois de algumas trocas na direção, recentemente uma advogada procurou o município para discutir o prosseguimento do elevado. Na semana passada, a prefeitura pagou mais R$ 400 mil do contrato, o que permitirá a compra de materiais. Com o impasse interno da empresa resolvido, Loureiro agora quer ver a estrutura pronta:

— Não quero mais falar em prazo, mas temos possibilidade de liberar o elevado para o trânsito até 31 de dezembro. Tem um fator que pode eventualmente gerar atraso que é no trecho em direção ao Campeche, do lado esquerdo, onde há rochas a serem exploradas.

Loureiro descarta a rescisão do contrato neste momento e crê na agilidade do serviço a partir deste mês.

Área de lazer

Março de 2019 é o prazo definido junto com a construtora para a entrega total do elevado. Além da estrutura, a prefeitura pretende instalar uma área de lazer próxima à alça no sentido Rio Tavares.

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