O acidente do começo da manhã desta quinta-feira na saída da Ponte Pedro Ivo Campos, em Florianópolis, mostrou mais uma vez o quanto a Capital de Santa Catarina é refém da imobilidade. Um caminhão tombou na alça de acesso à Beira-Mar Norte e causou filas que vão até a Biguaçu, na BR-101. Fora os congestionamentos em São José e em bairros da Capital.
Continua depois da publicidade
Temos mais um exemplo da "pontedependência" da Grande Florianópolis. Um acidente na alça de acesso à Ilha deixou boa parte da região imóvel. O Plano de Mobilidade Urbana (Plamus), feito em 2014, já previa problemas enormes em caso de falta de obras. Desde lá, ou seja, em quatro anos, nada foi feito. A estrutura é a mesma: uma ponte para entrar e outra para sair da Ilha.
A Ponte Hercílio Luz deveria ficar pronta em outubro, segundo a primeira previsão do contrato, o que não vai ocorrer. Será somente no segundo semestre de 2019. Ela não solucionará todo o problema, mas será uma opção a mais. Diariamente, milhares de pessoas dependem das duas estruturas para diferentes tipos de interesse: trabalho, serviços, consultas médicas, entre outros. Nesta quinta, por exemplo, certamente haverá atrasos e compromissos desmarcados.
A dependência das únicas ligações deveria tornar a reforma da Colombo Salles e da Pedro Ivo Campos uma prioridade estadual, afinal estamos na Capital de Santa Catarina. O cenário torna-se ainda mais preocupante quando as únicas opções de trânsito na rota Ilha-Continente estão há anos esperando por uma reforma. Especialistas e o governo garantem que um problema estrutural nelas está longe de acontecer.
Mas e se for preciso trancar apenas uma delas futuramente? O resultado será igual ou até pior daquele que estamos vendo nesta quinta-feira. Mais uma vez, a região ficou imóvel.
Continua depois da publicidade