O Supremo Tribunal Federal estabeleceu, nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, um marco temporal que ficará registrado na história da democracia brasileira. A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete envolvidos na trama golpista não é apenas a responsabilização de personagens que afrontaram o Estado de Direito: é a reafirmação de que, no Brasil, a vontade das urnas se sobrepõe a qualquer projeto autoritário.

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A decisão marca um divisor de águas. A democracia brasileira, tantas vezes testada ao longo das últimas décadas, mostrou-se capaz de reagir com firmeza diante de uma ameaça explícita de ruptura institucional. Houve um tempo, não tão distante, em que golpes militares e civis encontravam terreno fértil para prosperar. Hoje, diante de uma sociedade mais vigilante e de instituições fortalecidas, a resposta foi clara.

Basta recordar os episódios que antecederam, acompanharam e sucederam as eleições de 2022 para entender o peso desta decisão. O clima de tensão, os discursos de desconfiança em relação às urnas eletrônicas e, posteriormente, a rejeição de parte dos derrotados em aceitar o resultado, mostraram o tamanho do desafio imposto à democracia. Mas a reação das instituições, concluída agora pelo julgamento do STF, foi digna de um país que aprendeu com as cicatrizes da ditadura e com a história dos golpes de Estado.

Mais do que uma decisão judicial, o que se viu foi um gesto político no melhor sentido da palavra, o fortalecimento da democracia como valor supremo. O recado é inequívoco, derrotados devem aceitar a escolha da população. Questionar é parte do jogo, mas afrontá-lo é uma linha que o Brasil não permitirá que seja cruzada novamente.

O 11 de setembro de 2025 passa a ser, portanto, um marco da democracia brasileira. Um dia em que o país reafirmou que, acima de qualquer liderança ou ideologia, está o respeito ao voto popular.

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