O programa Faculdade Gratuita, uma das principais promessas do governador Jorginho Mello (PL) durante o período eleitoral, entra num período importante. Nas próximas semanas, o texto que cria o projeto deve chegar à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Até então, a promessa do governador era comprar todas as vagas das universidades comunitárias do Estado, que fazem parte do sistema Acafe. No entanto, há uma grande pressão por parte das universidades particulares, representadas pela Ampesc. A entidade pede mudanças no projeto para que não somente uma parte das empresas que prestam o serviço educacional seja contemplada.

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Acafe e Jorginho avançam na discussão para garantir faculdade gratuita

Na última semana, ao ler a mensagem anual para os deputados estaduais na Alesc, o governador sinalizou uma mudança no projeto. Ele afirmou que o Estado comprará todas as vagas da Acafe e “uma parte” das particulares. Assim, o recuo já está concretizado. No entanto, isto não deve ser suficiente para contentar a Ampesc e também os deputados estaduais.

O movimento das universidades particulares defende que o aluno possa escolher onde quer estudar, seja numa opção da Acafe ou da Ampesc, além de que elas desejam conhecer os critérios adotados pelo governo. Dentro da Alesc, também há o sentimento de que beneficiar somente as comunitárias não será o melhor caminho.

Um levantamento da Ampesc aponta que 30% dos estudantes do ensino superior de SC serão contemplados caso o governador mantenha a proposta original. Os outros 70%, afirma a entidade, estão nsa particulares: “Somente associadas à AMPESC são 70 faculdades, centros universitários e universidade, distribuídas em 89 municípios e com cerca de 150 mil alunos”.

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Nesta semana, os dirigentes da Ampesc vão se reunir com representantes da secretaria de Estado da Educação para discutir o projeto. A tendência é que eles sugiram um formato para atender todas as universidades, sem distinção.

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