Os vereadores de Florianópolis rejeitaram nesta terça-feira as contas do ex-prefeito Cesar Souza Junior referentes a 2016. Com 18 votos favoráveis e 4 contrários para o parecer pela desaprovação da Comissão de Orçamento, o pessedista foi o primeiro chefe do Executivo a ter uma prestação barrada pelo Legislativo municipal. No Tribunal de Contas do Estado (TCE), em 2017, os conselheiros aprovaram as contas, apesar do parecer pela rejeição.

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Cesar Jr. acompanhou a votação desta terça. Foi alvo de críticas de vários parlamentares, entre eles, Bruno Souza (PSB), um dos mais ativos pela rejeição das contas. Ao final das manifestações ele teve 20 minutos para se defender, onde respondeu aos apontamento de Souza e ainda explicou os motivos, que segundo ele, levaram a prefeitura a ter prejuízo em 2016. A decisão pode ocasionar na inelegibilidade eleitoral do ex-prefeito dentro da Lei da Ficha Limpa.

Só votaram pela aprovação os vereadores Dalmo Meneses, Erádio Gonçalves, Renato da Farmácia e Marcelo da Intendência. Claudinei Marques não esteve presente. Os outros todos votaram pela rejeição, entre eles o presidente da Câmara e colega de partido de Cesar, Roberto Katumi.

Cesar vai à Justiça

Após a votação, o ex-prefeito disse que pretende recorrer à Justiça:

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— Ficou flagrante que a derrubada do parecer do TCE foi um processo eivado de nulidades. Irei ao Judiciário. Fui cerceado no meu direito a defesa de apresentar testemunhas. Os prazos foram atropelados e não houve sequer citação do teor do parecer de maneira previa. Foi uma decisão política contrária a técnica. Tenho plena convicção na preservação dos meus direitos políticos a exemplo do que já aconteceu em varios episódios no Brasil.

Demais cargos

O vereador Maikon Costa (PSDB) admitiu durante a sessão de votação da prestação de Cesar Jr., que os gestores públicos integrantes do governo do ex-prefeito também têm participação nos resultados das contas. Fez referência aos parlamentares que ocuparam de ordenadores de despesa e disse que, como gerente na prefeitura à época, não teve qualquer interferência nos gastos.

Sem culpa

O vereador Gabrielzinho (PSB), diretor do Procon durante a gestão de Cesar Jr, negou que tenha ajudado na dívida da prefeitura. Se eximiu e disse que conseguiu arrecadar R$ 1 milhão para a prefeitura enquanto esteve no cargo. O parlamentar foi o responsável pelo relatório aprovado na Comissão de Orçamento pela rejeição das contas.